Doenças Respiratórias

9 coisas que você não sabia sobre a asma

asma

A asma é uma doença crônica inflamatória que atinge o sistema respiratório, dificultando a respiração. Apesar de a enfermidade não ter cura conhecida, é possível amenizar os seus sintomas por meio de tratamentos adequados e até mesmo com a prática de atividades físicas.

Segundo dados do Ministério da Saúde e do IBGE, essa patologia atinge cerca de 6,4 milhões de brasileiros que estão acima de 18 anos, sendo que as mulheres constam na estatística como as mais afetadas. Mas a doença também atinge muitas crianças em diversas fases.

Neste artigo, vamos comentar sobre 9 coisas que você provavelmente não sabia sobre a asma, principalmente quanto às suas causas, sintomas, tratamentos e como ela pode atingir bebês e crianças maiores. Continue a leitura e veja como se proteger, cuidar dos sintomas da doença e melhorar a sua qualidade de vida e a da sua família!

1. Entenda as causas e os sintomas da asma

É importante entender o que motiva os ataques de asma e conhecer os principais sintomas, para tentar diminuir a exposição a esses agentes e buscar ajuda médica para tratamentos adequados.

A asma não tem causas bem definidas, pois cada pessoa apresenta um tipo de sensibilidade para diferentes gatilhos (substâncias ou condições que provocam as crises). Veja, a seguir, os agentes mais comuns que causam a doença.

Substâncias alergênicas

A maior parte dos casos ocorre quando as pessoas que apresentam asma se expõem a alguma das substâncias transportadas pelo ar, como:

  • ácaros;
  • fumaça de cigarro;
  • gripe;
  • mofo;
  • partículas de insetos.
  • pelos de animais;
  • poeira;
  • pólen;
  • poluição;
  • produtos de limpeza;
  • resfriado;
  • tinta.

Assim, quando qualquer um desses agentes são aspirados, ocorre uma irritação nos brônquios que desencadeia uma crise de asma.

Alimentação

Diversos tipos de alimentos podem provocar crises de asma — os mais comuns associados aos sintomas de asma são:

  • amendoim;
  • camarão e outros crustáceos;
  • leite de vaca;
  • ovos;
  • peixe;
  • soja;
  • trigo.

Alguns produtos adicionados a alimentos, como conservantes e aditivos coloridos encontrados em produtos industrializados, também podem causar uma crise de asma. Da mesma forma, os temperos prontos apresentam substâncias favoráveis às condições de alergia.

Asma provocada por exercícios físicos

Há muitos casos de pessoas com asma que apresentam algum grau de sintoma quando praticam atividades físicas. Entretanto, existem pessoas sem diagnóstico de asma que desenvolvem os sinais apenas durante o exercício. Até atletas podem apresentar uma manifestação da doença.

Nesse caso, ocorre um estreitamento das vias aéreas com um pico de 5 a 20 minutos após o início da atividade, dificultando a retomada do fôlego. Por isso, é importante consultar um médico para verificar se é necessária ou não a utilização de um broncodilatador antes das atividades para evitar os sintomas.

Asma ocupacional

Esse tipo de asma é provocado por gatilhos presentes no ambiente de trabalho. Dessa forma, as pessoas com asma que trabalham em usinas e indústrias de produtos químicos, como tintas, agrotóxicos e outros agentes químicos, podem desenvolver a doença. Algumas profissões também podem provocar crises de asma, como em veterinários, criadores de animais, enfermeiros, agricultores, cabeleireiros, pintores e marceneiros.

O principal sintoma é a dificuldade em respirar apenas nos dias em que a pessoa está no local de trabalho. Muitas pessoas que apresentam esse tipo de asma também sofrem com os sintomas de alergia de pele ou rinite alérgica, como congestão nasal, tosse, chiado no peito, nariz escorrendo e irritação nos olhos.

Asma noturna

A asma noturna não é um tipo diferente da doença — é uma identificação quando os sintomas se manifestam durante a noite. Dessa forma, se você tem asma, as probabilidades de sofrer uma crise são maiores durante o sono, já que ela pode ser provocada pelo ritmo circadiano (nosso relógio biológico).

Em geral, a crise noturna ocorre devido ao resfriamento das vias aéreas, aumento da exposição aos alérgenos, posição reclinada do corpo favorecendo o refluxo gastroesofágico associada à apneia do sono ou ronco. Dessa forma, é importante observar se os seus sintomas pioram durante o repouso e, nesse caso, buscar ajuda médica para verificar as causas das crises de asma para um tratamento adequado.

Mudanças de temperatura

O choque de temperatura ocorre quando há uma mudança repentina, como quando está muito calor e a temperatura abaixa bruscamente. Isso agride as vias respiratórias mais sensíveis, provocando crises de asma e agravando a tosse e os casos de rinite.

Fatores medicamentosos

Os medicamentos anti-inflamatórios não hormonais, como o diclofenaco, ácido acetilsalicílico e o ibuprofeno, podem desencadear crises de asma. Embora essas substâncias ajudem a evitar uma inflamação, elas apresentam outros compostos que podem levar aos sintomas em quem sofre da doença.

Sintomas da asma

A maioria das pessoas com asma pode ficar longos períodos sem apresentar sintomas, com ocorrências eventuais de crises quando expostos a algum agente que funciona como um gatilho. No entanto, em alguns casos, há uma deficiência respiratória cíclica, com episódios mais graves em determinados períodos.

As crises de asma podem durar desde pouco minutos até dias, apresentando perigo se o fluxo de ar ficar muito restrito. Os sintomas variam de uma pessoa para outra, sendo os mais comuns a sensação de aperto no peito, chiado, tosse e falta de ar. Esses sintomas incluem:

  • tosse — com ou sem produção de catarro;
  • sensação de repuxamento da pele entre as costelas durante a respiração;
  • deficiência respiratória que se agrava com exercício ou atividade.

A pessoa também fica com respiração ofegante por períodos intercalados sem sintomas. Essa alteração pode piorar à noite ou no início da manhã e desaparecer por si mesma. Em geral, ela melhora com medicamentos que abrem as vias respiratórias (broncodilatadores) e piora quando há inspiração de ar frio, com exercícios físicos e azia (refluxo).

Situações de emergência

É possível identificar algumas situações de emergência nos casos de crises de asma quando há os seguintes sinais:

  • ansiedade grave devido à deficiência respiratória;
  • chiado audível (como miado de gato);
  • confusão mental;
  • cor azulada nos lábios e no rosto;
  • extrema dificuldade para respirar;
  • pulsação rápida;
  • sonolência grave;
  • sudorese.

2. Saiba quais são os fatores de risco da crise de asma

A asma é uma doença com fortes características genéticas. Ela é identificada pela presença de uma reação exagerada das vias aéreas, como mecanismo de defesa aumentado para algumas substâncias e condições ambientais. Assim, uma pessoa que apresenta algum tipo de alergia tem mais predisposição a ter outros tipos, como a asma e a rinite.

Além da característica genética, a obesidade, os hábitos na gravidez, o refluxo gástrico, entre outros aspectos, são fatores de risco para o desenvolvimento da asma, conforme comentamos a seguir.

Obesidade

Os obesos têm maior risco de asma porque a obesidade provoca uma série de processos inflamatórios — e a asma é um processo inflamatório que ocorre nos brônquios. Por isso, a obesidade é considerada uma facilitadora nesse processo. Dessa forma, a perda de peso pode fazer com que a asma desapareça.

Hábitos na gestação

As mães que fumam durante o período gestacional ou têm muito contato com fumaça podem abrir uma porta para o desenvolvimento da asma na criança. Os filhos de mães tabagistas nascem com menor peso em virtude de vários infartos que o cigarro provoca na placenta, dificultando a nutrição do bebê durante a gravidez.

Embora haja uma controvérsia sobre o assunto, pode existir uma relação entre baixo peso ao nascer e a asma em crianças de até 5 anos. Além disso, o tabagismo provoca a prematuridade do bebê que leva a riscos de quadros inflamatórios no pulmão. Isso acontece porque a formação completa do pulmão só ocorre no fim da gravidez.

Refluxo gastroesofágico

A doença conhecida como refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo do estômago vaza em direção contrária para o esôfago. Esse movimento irrita o órgão, causando a azia e outros sintomas. Caso seja aspirado, o conteúdo do refluxo pode ser levado para dentro dos pulmões e desencadear inflamações.

Dessa forma, o refluxo pode favorecer o desenvolvimento de bronquite, pneumonia e asma. Por esse motivo, muitos asmáticos só conseguem controlar a asma quando tratam o refluxo de forma adequada.

Além dos fatores de risco comentados, outras condições podem provocar o desenvolvimento da asma, como:

  • contato constante com fumaça;
  • exposição diária a partículas que causam irritação;
  • ingestão de determinados alimentos que a pessoa apresenta alergia;
  • ansiedade e estresse;
  • excesso de exercícios físicos.

3. Entenda a diferença entre a asma alérgica e asma não alérgica

A asma pode ser dividida em duas modalidades: alérgica e não alérgica. A primeira é provocada por uma reação a determinadas substâncias. Já o tipo não alérgico pode ser provocado por condições emocionais e ambientais, entre outros.

Asma alérgica

Essa patologia tem como causa alguma substância que desencadeia uma reação alérgica. Trata-se do tipo mais comum, que afeta principalmente as crianças e jovens. Ela é desencadeada quando o sistema imunológico entende que o alérgeno é um mecanismo perigoso e começa a aumentar os anticorpos como forma de se defender. No entanto, o excesso dessa substância traz a inflamação para as vias aéreas e ocasiona dificuldades na respiração, gerando as crises de asma.

Geralmente, a asma alérgica vem associada a outros tipos de alergias, como a rinite e reações causadas pela ingestão de determinados alimentos ou medicamentos.

Asma não alérgica

A asma não alérgica é um quadro clínico mais comum de acontecer com adultos. Essa doença costuma ser desencadeada por fatores específicos, como a ansiedade, estresse, exercício em alta intensidade, umidade do ar, tempo muito frio ou seco, entre outras causas.

O tratamento varia conforme o tipo de asma. Por isso, é importante saber se a patologia é causada por fatores alérgicos ou não. Para isso, existem testes especiais que identificam o agente causador dos sintomas — os principais são o teste de alergia na pele (prick test) e o exame de sangue (teste IgE total ou específico).

4. Confira os principais métodos para amenizar os sintomas da asma

A asma provoca o edema e estimula a produção de muco, deixando as vias aéreas inflamadas e irritadas, tornando difícil a passagem de ar. Em geral, os médicos adotam tratamentos para reduzir o desconforto causado pelas crises e combater as inflamações, com medicamentos broncodilatadores, anti-inflamatórios, nebulizações e/ou inalações.

Os remédios com funções broncodilatadoras têm como principal função dilatar os brônquios e aumentar o canal que permite a passagem de ar. Contudo, eles não conseguem combater a inflamação. Por isso, é importante seguir as recomendações médicas e retornar às consultas para obter um acompanhamento profissional.

Atitudes que ajudam a prevenir crises de asma

Para prevenir as crises de asma, além de utilizar a bombinha tradicional, outros métodos ajudam no alívio dos sintomas, de acordo com a recomendação médica.

É importante fazer inalação/nebulização, já que esse tratamento tem um grande potencial de tornar o muco mais fluído e menos denso, auxiliando a entrada e saída de ar. Além disso, algumas atitudes podem ajudar na prevenção das crises, como:

  • fazer exercícios aeróbicos (moderados);
  • adotar uma alimentação mais saudável;
  • praticar natação para ativar o sistema respiratório;
  • manter a mente saudável, evitando a ansiedade e a irritação.

5. Entenda os detalhes sobre a inalação/nebulização

Embora tenham nomes distintos, tanto a inalação quanto a nebulização apresentam a mesma função — hidratar as vias aéreas e permitir que a passagem de ar ocorra de maneira adequada. Desse modo, é possível tratar a tosse seca, o chiado no peito e a respiração rápida e curta.

A inalação/nebulização, também conhecida como aerossolterapia ou oxigenioterapia, é um procedimento que utiliza vapores para transporte de medicamentos. Dessa forma, a substância indicada pelo médico chega mais rapidamente até os brônquios, melhorando as condições respiratórias.

Ela é feita com um equipamento específico que contém máscara, mangueira, fluxômetro, frasco nebulizador e o próprio inalador. Assim, um medicamento líquido é transformado em gás com finas partículas suspensas que facilitam a sua absorção pelo paciente por meio da respiração. O aparelho pode se apresentar como ultrassônico (mais moderno) ou de ar comprimido.

Por outro lado, a inalação ou nebulização costuma ser mais utilizada para casos em que os sintomas já estão dando seus sinais. O ar é comprimido no inalador/nebulizador, que tem como objetivo quebrar as partículas do soro fisiológico no tamanho ideal da inalação. Assim, o paciente inala ar normal misturado com o soro fisiológico.

6. Saiba como é feito o tratamento da asma e como conviver com a doença

Sabemos que a asma não tem cura. No entanto, é possível ter uma ótima qualidade de vida caso você realize o tratamento de maneira apropriada, sob orientação médica. O objetivo é melhorar a função pulmonar e evitar a obstrução das vias respiratórias.

O tratamento da asma precisa ser orientado e acompanhado por um pneumologista, pois é muito importante adaptar os medicamentos utilizados para os sintomas e tipo de asma de forma individual. Dessa forma, o tratamento é definido de acordo com o perfil do paciente — sintomas, histórico familiar, avaliação funcional, idade etc.

No caso de crise aguda (exacerbação), o primeiro passo é manter-se calmo e procurar ajuda. Existem 2 tipos de medicamentos que ajudam a preveni-la e que devem ser utilizados de acordo com a orientação e prescrição médica, como:

  • broncodilatadores — abrem as vias respiratórias e relaxam os músculos;
  • anti-inflamatórios — combatem as inflamações e previnem o inchaço das vias aéreas.

Para o controle da doença, a indução medicamentosa costuma ser a mais indicada. Ela consiste na prescrição médica de remédios com efeitos broncodilatadores e ação anti-inflamatória, como os corticosteroides inalatórios. Em todos os tipos de asma é necessário reduzir a exposição aos fatores desencadeantes da asma.

Como conviver com a doença

Para manter a asma sob controle e saber como conviver com ela mantendo a qualidade de vida, é importante seguir as orientações médicas que, em geral, incluem os aspectos que comentamos a seguir.

Utilize corretamente os medicamentos receitados

A doença pode ser controlada por meio de medicamentos conhecidos como "bombinha para asma", após o diagnóstico médico feito com base em observação dos sintomas e exames respiratórios para verificar as condições de ar nos pulmões.

Além dos medicamentos que devem ser utilizados em casos de emergência, o médico costuma prescrever um remédio para ser inalado diariamente, a fim de controlar a inflamação nos brônquios como prevenção das crises asmáticas. Dessa forma, as pessoas devem dar continuidade às consultas médicas para ajuste de dosagens.

Identifique o que provoca a crise de asma

É importante observar o que pode estar provocando as crises de asma. Preste atenção todas as vezes em que sentir os sintomas e pense no que pode ter desencadeado a condição, como cheiros fortes, alimentos, tipos de tecidos, perfumes, poeira ou pelos de animais.

Mantenha a higiene da sua casa

A casa da pessoa que sofre com asma deve estar sempre limpa e organizada, com poucas superfícies que possam acumular poeira, principalmente no ambiente em que dorme. Para tanto, é importante limpá-la diariamente com um pano úmido, evitando o uso de produtos de limpeza com cheiro intenso e aromatizantes de ambientes, como velas, incensos ou pulverizadores de ar.

Também é preciso evitar objetos como cortinas, tapetes, ou cobertores que não possam ser lavados frequentemente. Ao lavar as roupas é preciso ter cuidado para não utilizar sabão ou amaciante com cheiro forte.

Faça acompanhamento com exames regulares

Ao menos uma vez por ano, a pessoa com asma deve se consultar com um pneumologista para avaliação da sua capacidade respiratória e adequação dos medicamentos receitados. O teste de alergia é muito útil, já que facilita a identificação dos alérgenos.

Dependendo do caso, com base nesse exame o médico pode indicar um tratamento com vacinação. O objetivo é dessensibilizar o paciente e, dessa forma, eliminar determinadas alergias, facilitando o controle da asma.

Melhore a sua respiração

É possível melhorar a respiração por meio de exercícios regulares. Mas antes é preciso aprender a controlar a doença, utilizar os remédios e evitar o que pode desencadear uma crise de asma. Para ajudar no estímulo à respiração, a pessoa pode fazer caminhada ou andar de bicicleta, pois são exercícios aeróbicos que melhoram a função pulmonar.

7. Conheça o que é a “asma do riso”

Embora seja pouco comentada, a “asma do riso” é mais comum do que se imagina. Segundo estudos da Sociedade Torácica Americana (American Thoracic Society), mais da metade das pessoas que apresentam a doença relataram que os seus sintomas são provocados pelo riso.

Trata-se de um quadro clínico que consiste em ataques de asma desencadeados quando a pessoa sorri. Ele é causado pela hiperventilação que ocorre no sistema respiratório durante a risada.

O estudo que envolveu 235 pacientes com asma constatou que 56% dos pacientes apresentavam a doença induzida pelo riso (LIA), tendo como primeiro sintoma uma tosse que começava 2 minutos após a iniciar o riso.

O segundo sintoma mais relatado foi um aperto no peito. Em relação à quantidade de riso, a maioria dos pacientes relatou que até as risadas mais leves ou apenas uma risada provocava tosse, enquanto para outros, era preciso rir muito para sentir os sintomas da asma.

Em comparação aos demais tipos, a “asma do riso” não exige consultas médicas de emergência ou hospitalizações. No entanto, de acordo com o estudo citado, quando a doença é bem controlada, os pacientes conseguem sorrir por mais tempo sem apresentar os sintomas, sugerindo que quando ela é provocada pelo riso, pode ser apenas um sinal de que a asma não esteja sob um controle ideal.

8. Saiba mais sobre asma em crianças

De acordo com a Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, a maioria das pessoas que sofre com asma também apresenta alergias. A obesidade é outro fator que pode contribuir, já que crianças com excesso de peso e níveis elevados de proteína C-reativa tendem a ter um tipo de asma mais grave.

Há alguns anos, os especialistas ficavam relutantes em fazer o diagnóstico antes dos 5 ou 6 anos. No entanto, atualmente os médicos acreditam que até crianças bem novas podem desenvolver a asma. Veja, a seguir, em quais condições isso pode ocorrer.

Exposição a fatores ambientais

Ficar perto da poluição provocada pelo trânsito é um desses fatores, já que a exposição crônica a altos níveis de ozônio pode aumentar o risco de desenvolver a condição.

Da mesma forma, crianças que fazem natação em piscina coberta que seja tratada com cloro podem sofrer alterações em suas vias aéreas, provocando o surgimento da asma.

A asma pode ter uma tosse-variante

Em vez de se preocupar em eliminar uma tosse contínua ou recorrente como ocorre em um resfriado persistente ou como sinal de alergia, leve a criança ao médico. É que às vezes as crianças podem ser acometidas por uma asma tosse-variante, significando que pode ocorrer uma tosse seca quando se deitam, se exercitam ou saem em temperaturas frias.

A tosse é um dos sintomas característicos da asma, mas outras doenças podem causá-la, como uma bronquite recorrente. Dessa forma, um diagnóstico preciso é fundamental, já que ela pode ser confundida com diversas enfermidades.

Bebês com eczema têm maior probabilidade de desenvolver asma

Muitas crianças que tiveram eczema quando bebês desenvolvem alergias e, posteriormente, a asma. Após o seu filho ser avaliado com testes cutâneos ou exames de sangue e ter alergias, é possível reduzir a sua exposição ao que ele é alérgico, começar a usar medicamentos prescritos ou considerar um tratamento de imunoterapia.

A asma não deve limitar as atividades do dia a dia

Muitos pais colocam restrições aos filhos para tentar prevenir as crises de asma — e se sentem culpados por isso. Mas segundo especialistas, a melhor maneira de controlar a asma nas crianças é utilizar estratégias certas de medicação prescrita e no momento certo.

A asma deve ser cuidada mesmo em um grau leve

É preciso ficar atento a qualquer tipo de asma, pois os fatores alérgicos podem levar a graves ataques de asma em crianças que tiveram apenas a sua forma mais leve. Isso ocorre porque, uma vez que elas tenham desenvolvido asma, os vírus e as alergias são os fatores mais comuns para desencadear os sintomas. Por esse motivo, alguns médicos recomendam que as crianças com asma façam os testes de alergia aos 5 anos.

O plano de tratamento deve ser reavaliado a cada 3 ou 6 meses

O plano deve contar com estratégias sobre o que fazer quando os sintomas começarem, bem como modificar o tratamento a critério médico, quando necessário. As crianças com mais de 6 anos devem utilizar também um medidor de fluxo de pico para ajudar a determinar o nível de controle da doença.

9. Conheça 6 medidas simples e eficazes para tratar bebê com asma

Entre as diversas enfermidades respiratórias, a asma é a mais frequente durante os primeiros anos de vida. Os principais sintomas dessa doença em bebês incluem:

  • tosse seca constante;
  • chiado no peito;
  • respiração rápida;
  • choros persistentes;
  • dificuldade para mamar.

A tosse é o primeiro sintoma a aparecer e o último a ir embora. Depois dela vem o chiado — a criança faz um barulho quando respira, como se fosse um miado de gato. Quando não tratada rapidamente, o bebê tende a apresentar também falta de ar provocada por uma inflamação intensa, que faz com que os tubos que conduzem o ar pelos pulmões comecem a se contrair (espasmos), dificultando a passagem do ar.

É importante observar que não há idade para que esses sintomas surjam. As crianças podem começar a apresentar sinais com 1 mês de vida, outras após os 3 anos. Nos bebês, a asma faz também com que eles fiquem irritados, com dificuldade para dormir e abatidos. Mas é possível contornar essa situação e manter o seu bebê bem cuidado com algumas medidas simples. Confira as nossas dicas a seguir!

1. Leve o bebê regularmente ao pediatra

Embora a asma não tenha cura, ao longo do tempo o bebê pode apresentar cada vez menos crises devido ao desenvolvimento e fortalecimento do seu sistema respiratório.

Por esse motivo, é importante manter alguns cuidados e levar o bebê para acompanhamento médico, informando sobre os sinais que ele apresenta, quando os sintomas surgem e se existe histórico de asma na família, para ajudar o médico no acompanhamento.

2. Mantenha o quarto do bebê sempre limpo

É fundamental dar uma atenção especial ao preparar o quarto do bebê, uma vez que é nesse ambiente que ele passa mais tempo. Os principais cuidados com o quarto incluem:

  • aspirar e passar pano úmido no quarto de 2 a 3 vezes por semana;
  • colocar tapete emborrachado lavável nos locais onde a criança brinca;
  • evitar oferecer bonecos de pelúcia;
  • impedir a entrada de cães e gatos no quarto do bebê;
  • limpar as pás dos ventiladores semanalmente para evitar o acúmulo de poeira;
  • não colocar cobertores com pelos, preferindo edredom;
  • não usar tapetes, cortinas e carpetes de tecido;
  • trocar a roupa de cama semanalmente, lavando em temperatura de 130ºC;
  • utilizar capas antialérgicas no colchão e almofadas da cama.

Além desses cuidados, o pediatra também pode indicar inalações/nebulizações com medicamentos, para evitar o surgimento de crises de asma, e vacina anual contra a gripe antes do início do inverno.

3. Faça inalações no bebê

A inalação é muito importante para umidificar as mucosas dos brônquios, podendo ser feita várias vezes ao dia. Ela deve ser realizada apenas com soro fisiológico — outras medicações somente com indicação médica. No princípio, pode ser que a tosse piore, pois o bebê vai soltar a secreção, já que a inalação ajuda a soltar o catarro que está preso e espesso.

4. Utilize roupas adequadas no bebê

Quando o bebê apresenta sintomas de asma relacionados a alterações na temperatura, é importante utilizar roupas adequadas, de acordo com as estações do ano, para evitar mudanças bruscas.

5. Ofereça bastante líquido ao bebê

A tosse provoca um mecanismo de irritação das vias aéreas superiores que resseca as mucosas, piorando o quadro com mais tosse. Além disso, na presença de febre há uma grande perda de água pelo organismo.

Uma boa hidratação alivia os sintomas e umedece as mucosas. Por isso é muito importante aumentar o consumo de líquidos. No caso de mães que amamentam, é importante ingerir mais água e oferecer o peito ao bebê mais vezes.

6. Saiba identificar os casos de emergência

É fundamental saber identificar quando se trata de um caso de emergência e levar o bebê para avaliação médica. Em geral, os sinais são:

  • sintomas de asma que não diminuem após a nebulização;
  • necessidade de mais nebulizações do que as indicadas pelo médico para controlar os sintomas;
  • dedos ou lábios arroxeados;
  • dificuldade para respirar e muita irritação.

Além dessas situações, os pais devem levar o bebê com asma a todas as consultas de rotina marcadas pelo pediatra para avaliar e acompanhar as condições da doença.

Como vimos, a asma é uma doença respiratória crônica que pode ter diversas causas, variando de uma pessoa para outra. Embora ela não tenha cura, pode ser controlada por tratamento médico adequado com medicamentos e inaladores/nebulizadores, permitindo que a pessoa tenha uma vida normal e saudável. Nesse sentido, é importante ficar informado e buscar ajuda médica quando os sintomas persistirem.

Agora que você já sabe mais sobre a asma, entre em contato conosco e conheça a nossa linha de inaladores e nebulizadores!

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