Você sabia que é possível uma pessoa ter um quadro de pressão alta sem estar ciente disso? Muitas vezes, essa situação acontece devido à falta de informação, que dificulta a identificação dos fatores de risco e dos sintomas que contribuem para a busca por ajuda médica.
Mas a pressão alta é um problema que precisa ser levado muito a sério, afinal, ela contribui direta ou indiretamente para cerca de 50% das mortes causadas por doenças cardiovasculares. Atualmente, atinge 36 milhões de brasileiros adultos, e mais de 60% da população idosa convive com esse problema.
Por isso, precisamos conversar sobre o assunto, e nós preparamos este artigo para levar mais informação e combater esse mal silencioso. Continue lendo para aprender mais sobre a pressão alta e descobrir como ter qualidade de vida convivendo com esse problema.
Quais são os fatores de risco da pressão alta?
A pressão alta, ou hipertensão arterial, acontece quando há um aumento da pressão que o sangue faz nas paredes das veias, vasos e artérias. São vários os fatores de risco que podem contribuir para esse problema. Confira os principais a seguir.
Avanço da idade
A expectativa de vida do ser humano vem crescendo e, com isso, aumentam os registros de doenças e problemas que ocorrem com mais frequência em indivíduos idosos. É o que acontece com a pressão alta.
O avanço da idade é um fator de risco porque provoca diversas alterações nos tecidos dos vasos sanguíneos e na musculatura lisa. Logo, há uma chance maior de a hipertensão arterial acontecer.
Isso também pode estar associado a problemas e condições que vão se agravando com o passar do tempo, como a taxa de colesterol elevada e a formação de placas de gordura nas paredes das artérias.
Excesso de peso e obesidade
Quando uma pessoa está acima do seu peso saudável, a gordura não se acumula apenas do lado de fora. Ela também afeta os órgãos e se deposita na parede dos vasos sanguíneos. Com isso, há uma redução da passagem, que faz com que o sangue exerça uma pressão maior para fluir.
Consumo excessivo de sódio
O excesso de sódio na corrente sanguínea faz com que aumente a quantidade de água nos vasos sanguíneos. Ou seja, temos um volume maior de sangue devido a esse excesso, então, há um aumento da pressão sobre os vasos.
Sedentarismo
A falta de atividade física compromete o sistema cardiovascular e favorece o acúmulo de gordura corporal. Por isso o sedentarismo é um grande fator de risco para a pressão alta. A recomendação é praticar pelo menos 150 minutos por semana de exercício com intensidade moderada.
Existem ainda outros fatores que também podem favorecer a pressão alta, por exemplo:
- sexo biológico;
- etnia;
- bebidas alcoólicas;
- genética.
Como é feito o diagnóstico de pressão alta?
Até o momento, a única forma de obter o diagnóstico da pressão alta é por meio da medição (aferição) da pressão arterial sistêmica. No entanto, a pressão pode aumentar em momentos específicos, como na prática de exercícios físicos, pela ingestão de substâncias estimulantes e outros fatores.
Sendo assim, é preciso fazer essa investigação em dias diferentes para verificar se a pressão se mantém alta. Somente assim é possível ter certeza e emitir um diagnóstico preciso. O ideal é que seja feita uma aferição de forma profissional, por um médico ou enfermeiro.
No entanto, se houver suspeita, a própria pessoa pode fazer a aferição utilizando um monitor de pressão arterial, a fim de consultar o especialista se for necessário. Mas é importante ressaltar que o diagnóstico só pode ser dado por um médico, para iniciar o tratamento conforme a necessidade de cada um. A automedicação nunca deve ser praticada.
Por que a desinformação é inimiga de quem tem pressão alta?
A desinformação é uma grande inimiga da prevenção e do controle da pressão alta. Isso porque faz com que as pessoas desconheçam os fatores de risco, os sintomas desse problema e suas formas de tratamento.
Em relação aos fatores de risco, por exemplo, a desinformação leva as pessoas a crer que basta reduzir o sal da alimentação que a pressão alta ficará longe.
Porém, o grande vilão da história na verdade é o sódio, mineral que está presente no sal de cozinha. E o sódio também é utilizado pela indústria alimentícia como conservante. Por isso, muitos alimentos consumidos largamente pelas pessoas contêm um teor alto de sódio, como:
- macarrão instantâneo;
- comida congelada;
- chocolates recheados;
- temperos e molhos prontos;
- refrigerante zero.
Por isso, de nada adianta cortar o sal e continuar consumindo os alimentos que contêm sódio em excesso. Perceba a importância de buscar informação sobre a pressão alta para não se deixar levar por equívocos.
Mais um deles é acreditar que está tudo bem pelo fato de não haver sintomas. Na verdade, se existem fatores de risco, é preciso que haja cuidado porque a pressão alta, como dito, é um mal silencioso. Logo, ela tende a não desencadear os sintomas no dia a dia.
Geralmente, eles aparecem apenas quando a pressão sobe de maneira abrupta, devido a uma situação estressante, por exemplo. Nesse caso, a pessoa poderá sentir:
- tontura;
- fraqueza;
- cansaço;
- falta de ar;
- dor de cabeça;
- dor na nuca;
- palpitações;
- zumbido no ouvido;
- alterações na visão.
Também em função da falta de informação, as pessoas podem não buscar ajuda médica no momento ideal. Outras adotam medidas caseiras na tentativa de controlar a pressão alta. Mas é importante lembrar que o tratamento é realizado de maneira individual.
Ele muda de uma pessoa para outra, e podem ser adotadas medidas não medicamentosas e medicamentosas. Somente o profissional pode avaliar e monitorar aquilo que é ideal para cada paciente. Além de investigar outros problemas que podem ser causados ou agravados pela pressão alta, como as alterações renais.
Como viver bem tendo pressão alta?
O primeiro passo para viver bem com a pressão alta é fazer o tratamento recomendado pelo médico. É essencial seguir à risca as instruções do especialista para evitar complicações severas que a hipertensão arterial causa.
Além disso, é interessante que a própria pessoa monitore a sua pressão utilizando um medidor em casa. Outras medidas também são fundamentais para conviver bem com o problema, por exemplo:
- praticar atividades físicas regularmente;
- interromper o uso de tabaco;
- reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- adotar uma dieta adequada, com baixo teor de sódio e de gordura;
- manter um peso corporal saudável;
- controlar o estresse;
- garantir um sono de qualidade;
- beber bastante água ao longo do dia.
Vale lembrar que a pressão alta aumenta o risco de complicações cardiovasculares. Então, é fundamental que você busque o máximo de informação sobre esse assunto, monitore a sua própria pressão arterial e passe para consultas médicas de rotina, a fim de acompanhar a saúde, em especial quando há fatores de risco.
A pressão alta é um problema muito comum, mas que pode ser evitado em muitos casos. Compartilhe essas informações nas redes sociais para ajudar outras pessoas também!