Doenças Respiratórias

Afinal, bronquite é transmissível? Entenda!

bronquite alérgica

Para saber se a bronquite é transmissível, em primeiro lugar é importante entender a diferença que existe entre suas formas e como ela pode se apresentar (aguda ou crônica). Os principais aspectos que diferenciam essas condições são o tempo de duração da doença e o seu agravamento.

A forma aguda da bronquite persiste, normalmente, por uma ou duas semanas. Já a crônica apresenta piora nos sintomas pela manhã, que continuam por três meses ou mais, ocorrendo geralmente por dois anos consecutivos.

Neste artigo, vamos falar sobre características desses tipos de bronquite, assim como sobre a possibilidade de transmissão, prevenção de contágios em crianças e o que deve ser observado para saber diferenciar os sintomas da bronquite de outras doenças virais, como a Covid-19. Continue a leitura para saber mais!

Quais são as diferenças entre a bronquite aguda e a crônica?

A bronquite é uma inflamação nos brônquios, que ocorre quando a parede das vias aéreas fica irritada geralmente em decorrência de agentes externos inalados. Esse processo provoca um acúmulo de secreção dentro dos brônquios e ocorrência de tosse persistente., podendo inclusive levar à falta de ar nos casos mais graves. 

Bronquite aguda

A forma aguda da bronquite ocorre devido à reação inflamatória dos brônquios, resultante de uma infecção por vírus ou bactérias, sendo classificada como bronquite infecciosa. A “Bordetella pertussis”, por exemplo, é uma bactéria que causa a tosse comprida, assim como a bronquite aguda.

Ela também pode ser provocada por alergias. Dessa forma, algumas crianças apresentam crises de bronquite desencadeadas por meio do contato com substâncias como ácaros e outros agentes alergênicos.

Bronquite crônica

Em geral, a bronquite crônica está associada à exposição constante a poluentes e produtos químicos, sendo o tabagismo a sua principal causa. 

A asma, também conhecida como bronquite asmática, é uma forma crônica da doença, que provoca crises quando a pessoa entra em contato com substâncias alérgenas. Ela também pode ocorrer quando há alterações climáticas, como no inverno e na primavera. Em geral, esse tipo de bronquite se manifesta nos primeiros anos de vida e fica mais suave na adolescência.

A bronquite é transmissível?

Para que uma doença seja considerada transmissível, é preciso que ela tenha sido provocada por vírus ou bactérias. Nesse sentido, a bronquite aguda viral ou bacteriana pode ser contagiosa. 

Entretanto, é importante observar que o contágio não é causado pela bronquite, mas pela "virose" ou infecção adquirida por contato. A transmissão ocorre de maneira semelhante ao que acontece na gripe, por meio de gotículas expelidas em tosses, espirros ou contato com superfícies e pessoas contaminadas. Além disso, é importante ressaltar que o contágio de um quadro viral geralmente ocorre no máximo até 7 dias do início de sintomas. A tosse e outros sintomas da bronquite aguda podem durar mais tempo, o que não necessariamente significa que o paciente ainda esteja transmitindo o vírus. 

Bronquite aguda viral ou bacteriana

A bronquite viral é provocada por diferentes tipos de vírus comuns, como o “influenza”. Ela atinge adultos e crianças, provocando sintomas como chiados, febre, cansaço, tosse e redução da capacidade respiratória. Mesmo após a cura da infecção viral, a irritação que ela causa pode gerar sintomas que persistem por semanas.

Bronquiolite

A bronquiolite é uma infecção, geralmente viral, dos bronquíolos que afeta bebês e crianças de até 2 anos. O contágio ocorre por meio do contato com objetos infectados (superfícies, brinquedos, entre outros) ou com pessoas infectadas.

Os sintomas que incluem formação de catarro, febre e obstrução nasal se iniciam entre o terceiro e o sétimo dia a partir da contaminação. Posteriormente, entre o segundo e o quarto dia, o vírus atinge os brônquios e bronquíolos, causando irritação e estreitamento das vias respiratórias e provocando tosse e chiado. Em geral, os sintomas melhoram em poucos dias, porém a obstrução nasal pode continuar por 1 ou 2 semanas.

O que pode ser feito para evitar a transmissão da bronquite aguda em crianças?

É muito comum as crianças menores ficarem doentes de maneira recorrente, especialmente quando frequentam uma escola, onde há uma maior facilidade de contágios. Por isso, é muito importante ter alguns cuidados essenciais para evitar a transmissão da bronquite, como:

  • eliminar possíveis causas de alergia respiratória;
  • evitar locais com fumaça de cigarro;
  • evitar locais fechados;
  • evitar o contato com outras pessoas doentes;
  • fazer inalação com soro fisiológico para manter as vias aéreas hidratadas;
  • ingerir bastante líquido;
  • lavar as mãos frequentemente;
  • manter as portas e janelas abertas para uma boa ventilação;
  • praticar a higiene respiratória;
  • utilizar máscara em caso de contato com pessoas com resfriados, gripe ou outras doenças transmissíveis por vias respiratórias.

Cuidados essenciais em casos de contaminações

Se mesmo após todos os cuidados a criança desenvolver algum quadro de bronquite aguda, é fundamental adotar medidas que auxiliam para uma recuperação mais rápida. Uma das mais importantes é oferecer bastante líquido, pois auxilia na diluição das secreções, facilitando a expectoração. Outro cuidado essencial é não inibir a tosse, já que ela ajuda a expelir o catarro, evitando complicações.

Nesse sentido, o nebulizador pode ser um importante aliado, já que ajuda a melhorar a capacidade respiratória e a desobstrução das vias aéreas. Isso permite que a passagem do ar seja realizada mais facilmente e alivia os sintomas incômodos, como respiração curta e chiado, proporcionando uma sensação de bem-estar.

Como diferenciar os sintomas da bronquite e da Covid-19?

Quando se trata de doenças provocadas por vírus, alguns dos sintomas podem ser muito semelhantes. Um deles é a dificuldade para respirar, comum tanto na bronquite quanto na Covid-19. Embora as crianças sejam frequentemente assintomáticas a esse vírus, é muito importante saber identificar os sinais para descartar a possibilidade de haver contaminação pelo novo coronavírus.

Em crianças com histórico de bronquite, a primeira preocupação deve ser no sentido de observar se a falta de ar é semelhante às crises anteriores. Além disso, é fundamental prestar atenção no conjunto de sintomas que se apresentam.

Diferenças sintomáticas

A Covid-19 tem como principais sintomas: tosse seca, dor de garganta, febre baixa, calafrios e coriza. Quando ela se agrava, pode ocorrer falta de ar e febre alta. Já na bronquite não é comum ocorrer coriza nem dor de cabeça. O seu principal sinal é a tosse seca ou com catarro, podendo haver também falta de ar, chiado ao respirar e febre.

Em caso de dúvidas, é recomendado buscar a opinião de um médico e realizar exames complementares para obter um diagnóstico mais preciso e descartar qualquer suspeita de doença mais grave.

Como vimos, a bronquite é transmissível quando provocada por vírus ou bactérias. Por isso, é importante adotar medidas de prevenção, como higiene frequente das mãos, proteção das vias respiratórias com máscara e evitar aglomerações. Além disso, é fundamental manter uma boa ventilação nos ambientes e o uso de nebulizações pode ajudar no alívio sintomático em casos de crise de bronquite conforme orientação médica.

Gostou deste artigo? Para aprofundar seus conhecimentos, acesse outro conteúdo e conheça 4 aspectos sobre bronquite em bebês que você precisa saber!

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