Entre as inúmeras doenças que atingem as vias respiratórias, a asma é uma das mais preocupantes. São cerca de 235 milhões de pessoas contagiadas atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O uso da bombinha para combater os sintomas se tornou uma saída confortável, embora essa prática esconda algumas precauções urgentes.
A asma é uma doença pulmonar que pode ser causada ou agravada por fatores ambientais, genéticos e até psicológicos. Ela se caracteriza pela obstrução das vias aéreas, o que compromete o funcionamento dos pulmões, provocando tosse seca, chiado ao respirar, respiração curta e desconforto.
Apesar de não ter cura, o tratamento melhora a qualidade de vida de quem lida com essa doença crônica, sendo uma das formas mais comuns o uso da bombinha. Se você é mãe ou pai de uma criança com asma, já deve ter tido dúvidas sobre o uso desse equipamento. Afinal, a bombinha vicia? É prejudicial usá-la várias vezes ao dia? Existem outras alternativas?
Para ajudar você, reunimos as verdades sobre o uso da bombinha, principalmente em relação aos cuidados exigidos com ela e às outras formas de tratamento para a asma. Acompanhe a leitura e tire suas dúvidas!
Como funciona a bombinha de asma?
As bombinhas de asma são equipamentos utilizados para administrar medicamentos para os pulmões. Também são chamadas de inaladores e se dividem em três tipos: pMDl, inalador seco do pó (DPI) e inalador macio da névoa (SMI).
Você também vai encontrar o termo "inalador" usado para designar vários dispositivos inalatórios, entre eles o nebulizador. Os inaladores, de forma geral, são usados para levar os medicamentos em forma de aerosol (partículas suspensas em gás) diretamente para os pulmões e desobstruir as vias aéreas, recuperando o funcionamento normal da respiração.
Portanto, a bombinha de asma não é o medicamento, mas a forma de usar o medicamento. Os inaladores são normalmente usados no tratamento de asma e doença pulmonar obstrutiva (DPO), mas vale ressaltar que existem diferenças entre os tipos de bombinha e os nebulizadores — o que iremos abordar mais à frente neste post.
A bombinha é pequena, leve e portátil. O seu uso é fácil e relativamente prático até para as crianças, bastando apenas encostar a abertura do tubo na boca, esvaziar os pulmões, disparar o remédio, fazer a aspiração lentamente e segurar o gás nos pulmões entre cinco e dez segundos.
Quais cuidados se deve ter com o uso da bombinha?
Muitas dúvidas envolvem o uso da bombinha, principalmente por parte das crianças. Alguns mitos insistem em gerar preocupação aos pais e mães de crianças que precisam usar esse equipamento para o tratamento de asma. Por isso, é importante desvendar as verdades sobre as bombinhas.
As bombinhas de asma não viciam. O vício é caracterizado pela necessidade de um aumento cada vez maior na dosagem de uma substância, o que não acontece com as bombinhas.
O uso frequente é normalmente desencadeado pelo desvio no tratamento que foi feito junto ao médico. Muitos pacientes deixam de usar o anti-inflamatório recomendado junto com o uso da bombinha, porque pensam que ele não faz tanta diferença.
Como os broncodilatadores que chegam ao pulmão têm um efeito de alívio muito rápido, o uso do medicamento oral parece dispensável. Porém, as crises de asma persistem nesses casos, provocando danos cada vez mais irreversíveis ao organismo, e o paciente se vê na necessidade de usar a bombinha várias e várias vezes ao longo do dia.
Danos ao planeta
Outra verdade que você precisa saber sobre o uso da bombinha é em relação aos danos provocados ao planeta. Uma pesquisa recente, publicada na revista inglesa BMJ Open, aponta para o prejuízo que o gás emitido por esse inalador ocasiona à atmosfera da Terra.
A pesquisa, feita com 4,67 milhões de pessoas diagnosticadas com asma na Inglaterra, comparou os gases emitidos por dois tipos de bombinha de asma, o pMDI e DPI. Basicamente, foi descoberto que uma grande quantidade de CO₂ foi emitido por esses inaladores, gás extremamente prejudicial para o efeito estufa e que reduz a qualidade da atmosfera.
Uma das conclusões mais importantes dessa pesquisa é a seguinte: as pessoas que mais precisam usar as bombinhas de asma são as mais prejudicas com essa prática a longo prazo. As mudanças climáticas nunca foram tão sentidas como nos dias de hoje, e a emissão de gás proveniente das bombinhas vem contribuindo para esse processo.
Quais são as alternativas para o uso da bombinha?
O tratamento ideal para a asma varia de caso a caso. A decisão sobre quais procedências tomar deve sempre partir de um médico. A bombinha de asma é uma das formas desse tratamento. Como vimos, o uso da bombinha é acompanhado pelo uso de anti-inflamatórios, normalmente corticoides (utilizados no tratamento de várias doenças crônicas).
Uma ótima alternativa para o uso das bombinhas são os nebulizadores, que contam com uma dosagem mais controlada, evitando o risco de uso frequente. Além disso, são mais fáceis de usar, o que é uma solução para boa parte dos pacientes asmáticos que não conseguem usar corretamente a bombinha: pesquisas mostram os fatores do uso incorreto desse equipamento.
O uso dos nebulizadores também traz um menor risco de o medicamento ser perdido. Pela via oral da bombinha de asma, o paciente pode expelir o gás sem querer. Já com o nebulizador, basta que o paciente encoste a máscara no rosto para conseguir inalar o medicamento sem grandes esforços.
O primeiro passo ao sentir os sintomas de asma é marcar uma consulta com um médico geral, pneumologista ou pediatra no caso de crianças. Ataques de asma podem ser fortes e comprometem a qualidade de vida do paciente quando não há tratamento, e é mediante a análise médica que o uso da bombinha, nebulizadores e anti-inflamatórios serão recomendados.
Os tratamentos de doenças respiratórias têm se tornado cada vez mais sofisticados. Um dos procedimentos mais incríveis dessa evolução é o nebulizador. Quer saber mais? Continue a sua visita em nosso blog e veja tudo o que você precisa saber sobre o funcionamento dos nebulizadores!