Qualidade de vida

Insuficiência cardíaca: entenda os riscos e previna-se

Insuficiência cardíaca

A vida moderna não trouxe apenas facilidades no dia a dia. O ritmo acelerado, o estresse, a má alimentação, o sedentarismo e inúmeros outros maus hábitos contribuíram para que houvesse um crescimento vertiginoso nos casos de insuficiência cardíaca.

Hoje, as doenças cardiovasculares são as que mais matam tanto no Brasil quanto no mundo. Somente em 2019, mais de 289 mil pessoas faleceram por conta de complicações desse tipo, segundo o Ministério da Saúde.

O quadro é tão alarmante que muitas pessoas estão sendo orientadas a mudar o estilo de vida com foco em uma maior sobrevida, além da busca constante pelo bem-estar. Para você entender tudo sobre o assunto, vamos mostrar neste post os riscos e como se prevenir das doenças cardíacas. Confira!

O que é a insuficiência cardíaca?

Quem sofre de insuficiência cardíaca enfrenta uma situação no organismo que reflete em grande cansaço. Isso porque o coração encontra dificuldades para bombear sangue para o corpo, afetando todo o sistema.

Dessa maneira, a pessoa acaba sofrendo com tosse noturna, inchaço nas pernas e muita indisposição para atividades comuns, como subir degraus de uma escada. Isso é explicado pelo fato de o oxigênio existente no sangue não conseguir chegar aos órgãos e tecidos.

Geralmente, o problema atinge quem já sofre de pressão alta em razão do coração ter de fazer mais força no processo de bombeamento do sangue.

Sendo uma doença que não tem cura, a insuficiência cardíaca precisa ser constantemente tratada por meio de um estilo de vida que valorize a saúde, além de constante acompanhamento médico.

A utilização de recursos caseiros, como um monitor de pressão arterial para fazer o check-up constante, também ajuda na prevenção de possíveis agravamentos da doença.

Quais são os tipos de insuficiência cardíaca?

De acordo com os sintomas apresentados e das complicações existentes ao longo dos anos, a insuficiência cardíaca pode ser classificada de diferentes maneiras.

São 4 estágios que explicaremos agora para você manter a conscientização em dia:

  • insuficiência cardíaca crônica — é uma consequência da pressão alta, sendo o tipo mais comum no Brasil;
  • insuficiência cardíaca aguda — surge por conta de algum fato grave, como infarto, arritmia ou hemorragia. O tratamento deve ser rápido e sob supervisão médica;
  • insuficiência cardíaca descompensada — pacientes que têm o tipo crônica desenvolvem a descompensada quando deixam de realizar o tratamento adequado. Por isso, a internação se faz necessária;
  • insuficiência cardíaca congestiva — é quando ocorre o acúmulo de líquidos nos pulmões, pernas e barriga, principalmente por conta do enfraquecimento do coração no bombeamento do sangue.

Quais são os fatores causadores?

A insuficiência cardíaca é causada por falhas no coração e em circunstância de complicações por conta da pressão alta não tratada adequadamente. Assim, pessoas que tiveram alguma doença coronariana, como estreitamento dos vasos sanguíneos ou aumento excessivo do coração (cardiomegalia), estão no grupo de risco para desenvolverem a insuficiência cardíaca.

São situações que atrapalham a circulação sanguínea, trazendo várias complicações. Além disso, não podemos deixar de citar os maus hábitos, principalmente no desenvolvimento da pressão alta, o estágio inicial da insuficiência cardíaca. Entre eles estão o consumo de alimentos industrializados e gordurosos, ausência de atividades físicas na rotina, estresse no trabalho e trânsito, ansiedade, depressão, consumo excessivo de doces etc.

Ao desenvolver a hipertensão, muitos pacientes acabam tendo os batimentos cardíacos alterados, afetando ainda o processo de contração e relaxamento do órgão. Pessoas mais velhas e que tenham diabetes estão mais suscetíveis à insuficiência cardíaca.

Quais são os sintomas?

Entre todos os sintomas existentes na insuficiência cardíaca, o mais evidente é o cansaço excessivo para concluir atividades corriqueiras, como ir a pé a uma padaria ou no momento de subir uma escada.

Trata-se de uma situação que pode aparecer até mesmo em momentos de descanso, ou seja, a pessoa deita para descansar e se levanta mais cansada ainda.

Além disso, existem muitos outros sintomas que revelam a possível presença do problema. Entre eles, podemos citar:

  • inchaço nas pernas, tornozelos e pés, principalmente no final do dia;
  • tosse constante ao longo da noite;
  • falta de ar para a conclusão de pequenos esforços ou em repouso;
  • inchaço abdominal;
  • palidez;
  • dificuldade para dormir;
  • Entre outros.

Caso você esteja sentindo um desses sintomas, a dica é procurar rapidamente um atendimento médico, pois somente um profissional especializado poderá realizar o correto diagnóstico com vista a um tratamento adequado.

Quais são os tratamentos?

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Na cidade de São Paulo, 24,2 mil pessoas morreram por problemas no aparelho circulatório em 2017, último dado disponível no Datasus, portal de dados do Ministério da Saúde. Somente de enfarte, foram 6.397 vítimas naquele ano na capital, uma média de 17 óbitos por dia.

Para Carlos Alberto Machado, da diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia, algumas características comuns das grandes cidades, como trânsito, violência urbana e longas jornadas de trabalho dificultam a adoção de um estilo de vida mais saudável.

As doenças que mais matam no mundo são as doenças do coração. As chamadas doenças cardiovasculares causam, anualmente, mais de 17 milhões de mortes no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre essas doenças, a insuficiência cardíaca (IC), mais conhecida como Doença do Coração Fraco, é uma das causas prevalentes de internações no Brasil, tendo contabilizado, somente em 2018, mais de 200 mil pacientes internados e mais de 22 mil mortes, segundo o DataSUS.

É essencial observar os fatores de riscos dos pacientes, como a hipertensão, diabetes, doença coronária e arritmia, além de alguns vícios, como o tabagismo e o alcoolismo que, sem o tratamento adequado, contribuem para a ocorrência de infarto do miocárdio (ataque cardíaco), morte súbita ou para o desenvolvimento de quadros de insuficiência cardíaca. A Rede Brasileira de Insuficiência Cardíaca estima que a doença afete mais de 26 milhões de pessoas no mundo e mate 3 vezes mais que o câncer de mama.

Quando o coração fica fraco

A insuficiência cardíaca é chamada de Doença do Coração Fraco pois, após sofrer com algum tipo de doença, como o infarto e, caso o paciente sobreviva, o órgão precisará se esforçar mais para realizar a sua função de bombear o sangue. Esse esforço pode ser percebido por alguns sintomas comuns e facilmente confundidos, como a falta de ar, inchaço nas pernas, entre outros. É um problema frequente, atingindo 50% dos pacientes que apresentam doenças cardiovasculares, principalmente em pacientes mais velhos.

Após o diagnóstico, é fundamental que seja identificada a sua classificação. A principal refere-se ao resultado do exame de ecocardiograma. O exame deve ser realizado em todos os pacientes que apresentam sintomas ou sinais de insuficiência cardíaca.

Dr. Germano Souza, cardiologista e responsável técnico pela equipe de Insuficiência Cardíaca e Transplante do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que é dessa forma que conseguimos saber se a doença é causada por uma dificuldade do coração em se contrair ou se é um problema na capacidade de relaxamento. O médico também afirma que a síndrome pode ser prevenida, caso os fatores de risco sejam previamente combatidos.

“Analisar minuciosamente o histórico clínico do paciente é primordial para a prevenção da insuficiência cardíaca,” acrescenta o médico, que também afirma que entender as causas potenciais que levam o órgão à insuficiência é necessário para buscar a melhor forma de prevenção e eventual tratamento.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é primordialmente clínico, ou seja, feito pelo médico que acompanha o paciente, por meio da história e do exame físico. Dr. Germano também explica que, após o diagnóstico, é feita a classificação do paciente com alguns exames complementares para dar início ao tratamento.

Segundo o médico, temos 3 modalidades de tratamentos: com remédios (farmacológico), mudança de estilo de vida (evitando o excesso de sal e o consumo de álcool, mantendo o controle da ingestão de líquidos, não fumar, entre outros) e o tratamento cirúrgico (por exemplo, ventrículo artificial e transplante cardíaco).

O tratamento cirúrgico deve ser reservado apenas àqueles pacientes que foram analisados por um especialista e tiveram os seus casos considerados refratários, ou seja, que não responderam aos tratamentos não-farmacológico e farmacológico. Felizmente, apenas uma minoria é considerada candidata a um tratamento mais invasivo, como o transplante cardíaco.

“É válido destacar a importância do papel da reabilitação cardíaca, que pode trazer, em conjunto com o tratamento habitual, a melhora significativa da qualidade de vida do paciente”, termina o médico. A insuficiência cardíaca é uma doença grave, porém muito comum, que pode ser prevenida, tratada e reabilitada.

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