A asma e bronquite são duas doenças respiratórias crônicas bastante comuns na população em geral. Apesar de terem causas semelhantes e apresentarem alguns sintomas parecidos, se tratam de patologias bem diferentes.
Nesse sentido, fazer a devida distinção entre asma e bronquite durante o diagnóstico é fundamental para evitar que o paciente seja avaliado como portador de uma condição clínica que, na verdade, não tem.
Além disso, é importante ressaltar que o tratamento a médio e longo prazo é diferente para cada uma das doenças. Portanto, todo cuidado é pouco na hora de fazer a diferenciação entre elas.
Quer saber mais sobre esses quadros clínicos? Este artigo vai abordar a diferença entre a asma e a bronquite e como tratar cada uma. Acompanhe a leitura!
Asma
A asma é considerada uma doença inflamatória crônica. Ela atinge as pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), fazendo com que eles fiquem inchados e contraídos, e desenvolvendo crises de broncoespasmo.
Assim, os bronquíolos se fecham e ocorre um estreitamente no canal de ar, o que gera uma maior dificuldade na passagem do ar e causa dificuldade e desconforto para respirar.
A palavra asma vem da etimologia grega “asthma", termo que significa "sufocante”. A crise de asma costuma surgir durante a infância e pode persistir por toda a vida. Essa condição clínica ainda não tem cura, mas pode ser tratada e fazer com que o indivíduo leve uma vida perfeitamente normal.
Fatores de risco da asma
A crise de asma é desencadeada por alguns gatilhos especiais. Confira os principais fatores de risco dessa patologia:
- tabagismo;
- fumaça de cigarro;
- exposição a agentes alergénos que causam irritação, como pólen, mofo e ácaros;
- exposição a agentes químicos, como gases, produtos de limpeza e inseticidas;
- ingestão de determinados alimentos, como leite, ovos, peixes e frutos do mar;
- ansiedade;
- estresse;
- exercícios físicos em excesso;
- cheiros específicos.
Sintomas da asma
Os principais sintomas da asma são os seguintes:
- falta de ar;
- respiração curta e ruidosa;
- tosse seca;
- chiado no peito.
Tratamento da asma
O broncoespasmo que gera a asma é uma condição temporária. Ele pode ser facilmente controlado por meio de medicamentos específicos e até mesmo de forma espontânea no decorrer do tempo.
De fato, a asma ainda não tem uma cura definitiva. Contudo, é possível que o paciente portador dessa condição tenha uma boa qualidade de vida, especialmente se ele realizar o tratamento adequado, que consiste em fortalecer a função pulmonar e evitar a obstrução dos canais respiratórios.
O tratamento da asma é determinado levando em consideração principalmente o perfil do paciente. Para isso, o médico deve observar os sintomas, possíveis causas, histórico familiar, avaliação funcional, idade, estilo de vida, entre outros elementos.
Geralmente, a prescrição de medicamentos é a mais indicada para as crises de asma. Ela envolve a indicação de remédios com efeito broncodilatador e ação anti-inflamatória, sendo os melhores exemplos nesse sentido os corticosteroides inalatórios.
É importante mencionar que somente o médico poderá prescrever o tratamento ideal para cada paciente. A automedicação não é recomendada, de forma nenhuma. Confira os principais tipos de medicamentos que ajudam a prevenir e amenizar as crises de asma:
- broncodilatadores — seus ativos têm a função de desobstruir as vias respiratórias e proporcionar relaxamento aos músculos dessa região;
- anti-inflamatórios — têm a função de tratar as inflamações e o inchaço das vias respiratórias.
Bronquite
A bronquite consiste na inflamação das vias respiratórias superiores, estruturas conhecidas como brônquios — são as vias aéreas cuja função é transportar o oxigênio diretamente até os pulmões.
Essa inflamação causa a oclusão do canal, e a passagem de ar se torna mais estreita. Como consequência, a respiração fica curta, difícil e cansativa.
Tipos de bronquite
Confira quais são as modalidades de bronquite abaixo.
Bronquite crônica
São duas as modalidades principais. A crônica consiste na inflamação constante e persistente das vias aéreas, causada pela exposição a agentes nocivos e irritantes, como a fumaça do cigarro e substâncias químicas.
Esse quadro clínico, se não for devidamente tratado, pode evoluir para o enfisema pulmonar, uma condição muito mais séria que afeta também os alvéolos pulmonares. Na verdade, a bronquite crônica e o enfisema pulmonar são doenças respiratórias que fazem parte do grupo DPOC — Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
De fato, a fumaça do cigarro é um agente extremamente prejudicial para a saúde do sistema respiratório. Essas substâncias, quando inaladas, causam irritação, destruição e a cicatrização da parede das vias áreas e do tecido pulmonar.
Esse fato acaba trazendo uma deficiência permanente no calibre dos bronquíolos. Como consequência, há uma diminuição nos canais que funcionam como passagem do ar.
Bronquite aguda
Por sua vez, a bronquite aguda consiste na inflamação transitória dos brônquios, canais aéreos mais amplos. Ela é provocada por uma infecção, geralmente pela ação de vírus ou de bactérias, cujos sintomas duram apenas alguns dias e costumam desaparecer após a realização do tratamento.
Causas da bronquite
Entre as principais causas da inflamação, estão:
- infecção provocada por vírus;
- exposição a substâncias irritantes;
- exposição à fumaça do cigarro.
Sintomas da bronquite
Confira quais são os sinais da doença:
- falta de ar;
- tosse com catarro;
- tosse persistente;
- respiração curta e pesada;
- chiado no peito;
- broncoespasmo (sibilos);
- cansaço;
- febre;
- mal-estar;
- coriza;
- irritação na garganta
- cansaço;
- dores nas costas e nos músculos.
As pessoas que estão acometidas pela bronquite costumam tossir intensamente. Trata-se de uma reação espontânea do organismo com o objetivo de expulsar as secreções que estão localizadas nas vias respiratórias inflamadas.
Tratamento da bronquite
O tratamento da bronquite depende principalmente do agente que causou essa doença. De uma maneira geral, a abordagem envolve a limpeza e a desobstrução das vias aéreas com a frequente oxigenação do organismo. No caso da bronquite bacteriana, é recomendado o uso de antibióticos.
Existem ainda outras alternativas para evitar o aparecimento das crises. Elas incluem mudar simples hábitos de vida, como parar de fumar, ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas de forma moderada, especialmente a natação.
Asma e bronquite são doenças inflamatórias facilmente encontradas entre a população. Apesar de se manifestarem por meio de sintomas desconfortáveis e doloridos, é possível seguir à risca o tratamento e ter uma boa qualidade de vida.
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