Doenças Respiratórias

Asma alérgica e não alérgica: afinal, quais são as diferenças?

asma alérgica

O surgimento de doenças respiratórias está vinculado a diferentes motivos: mudanças climáticas, o impacto das ações humanas na natureza, genética, entre outros. Um mal que integra essa categoria é a asma alérgica, que se caracteriza basicamente por uma reação exagerada que o corpo tem quando entra em contato com os chamados alérgenos.

Vale frisar que a falta de cuidados pode levar à morte do portador. Segundo uma pesquisa feita com a participação da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), 73% dos asmáticos no país não seguem todas as orientações médicas. Essa é uma das principais causas para o alto número de óbitos em decorrência dessa condição crônica.

Mas o que é necessário fazer para evitar esse problema tão sério? E mais: quais são as diferenças entre a asma alérgica e a não alérgica? Se essas dúvidas também rondam a sua cabeça, continue a leitura deste artigo que traz o que você precisa saber sobre o assunto!

Qual a importância de entender os tipos de asma?

Consideramos como tipos de asma a alérgica e a não alérgica, também conhecidas, respectivamente, como extrínseca e intrínseca. A principal diferença entre cada uma consiste na fonte originária do problema.

A primeira é consequência de problemas gerados por ambientes e objetos que contêm alérgenos, enquanto a segunda se apresenta em função de períodos climáticos e até do emocional da pessoa. Porém, para ambos os casos, a doença deve ser encarada e tratada com seriedade, pois nem sempre a asma é uma questão simples.

Sendo assim, é muito importante ter o acompanhamento de um médico desde o início, até mesmo quando o indivíduo já revela sinais de dificuldade de respiração, que podem causar a asma. O especialista fará os exames necessários para detectar o nível do problema e qual tipo a pessoa apresenta. A partir daí, pode-se iniciar o tratamento adequado.

O que são alérgenos?

Apesar de o termo soar estranho, ele se refere a algo que está muito presente no nosso cotidiano. Alérgenos são substâncias como poeiras, mucos, fungos, ácaros, pólen, pelúcia, pelos de animais, entre outras que causam uma hipersensibilidade no organismo humano.

Esse, por sua vez, interpretará os alérgenos como seres estranhos. Nesse momento é que surge uma série de reações, por meio de homeostase, que vão desde as corizas até a falta de ar e, nos piores casos, a morte. É a partir desse item que podemos classificar a asma como alérgica ou não alérgica.

Cada reação pode variar de pessoa para pessoa. Algo que o corpo de uma considera simplesmente como grande alerta, para outra, não representa nada. No entanto, é necessário realizar exames e acompanhamentos médicos para identificar quais são os elementos causadores de alergia e saber como adaptar a vida para evitar complicações mais sérias.

O que é a asma alérgica?

A asma induzida por alergia é o tipo mais comum. Ela é desencadeada após o organismo humano produzir a substância chamada imunoglobulina E (ou IgE) para se defender de outro corpo que ele acredita ser hostil — o que na maioria das vezes, não é.

Em excesso, essa substância pode gerar diversas complicações; e a falta de um sedativo para sua produção, no pior dos casos, é capaz de ocasionar a morte da pessoa. Nesse caso (ataque de asma), a doença crônica é responsável pela obstrução da região bronquial do sistema respiratório.

O controle da asma alérgica deve ser constante e implica algumas limitações, mas não necessariamente impacta de modo negativo a qualidade de vida. Ainda assim, os cuidados são indispensáveis, como uso de bombinhas.

Os principais sintomas são:

  • tosse;
  • fadiga respiratória;
  • sibilos;
  • secreção e mucosidade;
  • dor e pressão no peito.

O que é a asma não alérgica?

Fatores que não estão ligados aos alérgenos também podem provocar a asma. Alguns deles têm a ver com estresse, ansiedade, rotina intensa e até mesmo com o fato de o ar estar seco ou muito frio.

A grande dificuldade de identificar a origem da asma não alérgica é um problema para o paciente, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças respiratórias e o tratamento pode ser ineficaz.

Existe ainda uma subdivisão entre a asma não alérgica:

  • asma profissional — por farinhas, produtos e alimentos industriais, produtos de beleza etc.;
  • asma por medicamentos — aspirina, analgésicos, anti-inflamatórios etc.;
  • asma induzida — pela execução de exercícios ou por condições climáticas e de temperatura.

Qual o tratamento para cada um dos casos?

A asma não tem cura, mas é possível viver com qualidade sem precisar fazer grandes mudanças na rotina. Os cuidados devem ser constantes e é necessário tomar providências para evitar as famosas crises asmáticas.

O primeiro passo é se consultar com um médico, que pedirá alguns exames, como o Prick Test (teste de alergia na pele) e o exame de sangue. Com isso, é feito o acompanhamento do índice de IgE após a indução da sua produção.

Com o tempo, os efeitos da asma podem deixar de se manifestar, mas isso depende de esforços para evitar determinados erros em casa, como tapetes, carpetes, animais de pelúcia e objetos com poeira, falta de manutenção do ar-condicionado, entre outros.

Quais os riscos de não realizar o tratamento correto?

A falta de acompanhamento médico da asma é algo perigoso assim como qualquer doença. Algumas complicações podem surgir e exigem ações médicas mais rigorosas.

Veja os principais riscos que o paciente corre ao não aderir ao tratamento correto:

  • limitação da capacidade de praticar exercícios físicos;
  • falta de adaptação a determinadas condições climáticas;
  • alteração do funcionamento dos pulmões;
  • insônia;
  • tosse crônica;
  • alta frequência de crises asmáticas;
  • uso recorrente de nebulizador;
  • passível de uso de respiração mecânica;
  • óbito.

Não é à toa que a asma alérgica é tão comum, já que os alérgenos causadores estão por quase toda a parte. Sem contar o tipo não alérgico, cujas causas são desconhecidas em alguns casos. Para evitar problemas dessa natureza, é essencial ir ao médico periodicamente e tomar cuidados com a casa e no dia a dia como um todo.

Agora que já conhece as diferenças entre esses dois tipos da doença, aproveite para conferir 9 coisas que você talvez ainda não saiba sobre a asma.

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