Qualidade de vida

O que é IMC: entenda agora como calcular

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Manter o peso adequado à sua altura e idade é essencial para garantir a qualidade de vida. Afinal, a obesidade pode aumentar o risco de diversos problemas de saúde, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes e questões cardíacas. Para conferir se o seu peso está adequado, existe um método de cálculo. Você sabe o que é IMC?

O Índice de Massa Corporal (IMC) é, na verdade, apenas uma referência. Ao fazer o cálculo, é possível identificar se o seu peso está acima ou abaixo do indicado. No entanto, vale ressaltar que há casos nos quais o índice é mais elevado porque a pessoa tem muita massa magra — é o caso de quem treina buscando hipertrofia.

Quer entender melhor como calcular e quais são as possíveis exceções? Então, continue a leitura!

Entenda o que é IMC

Com base na altura e no peso de cada pessoa, é possível fazer uma estimativa que ajuda a avaliar se o peso está adequado. Essa referência é importante especialmente porque o sobrepeso e a obesidade são considerados fatores de risco para doenças crônicas.

O índice é aceito pela comunidade médica e adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, o IMC não mede o estado nutricional, nem o percentual de gordura de cada indivíduo. Por essa razão, é fundamental que ele seja interpretado por um profissional de saúde.

Apenas para exemplificar, duas pessoas com a mesma altura podem ter o IMC elevado, em um índice que seria considerado sobrepeso. Entretanto, uma delas tem maior quantidade de gordura corporal, e outra apresenta mais massa magra (músculos), que pesam mais do que a gordura.

Em outras palavras, uma pessoa que não pratica atividades físicas e não mantém uma boa alimentação, que tenha 1,70 metro e pese 75 quilos, está acima do peso e precisa readequar a sua dieta e praticar exercícios. Porém, um atleta com o mesmo peso e altura pode ser considerado saudável, tendo as suas medidas inferiores.

Além disso, o gênero e a idade fazem diferença no cálculo de peso individual, embora normalmente não entrem na fórmula básica — apesar que crianças e pessoas com mais de 65 anos requerem análises diferenciadas para avaliar a adequação do peso à altura.

Por tal razão, o IMC nunca deve ser avaliado isoladamente, seja abaixo da média, seja acima. Mesmo pessoas que estão dentro da faixa de peso adequado podem ter acúmulo de gordura corporal e precisarem rever a alimentação. Assim, é importante entender que o índice é apenas uma referência.

Descubra como calcular o IMC

Apesar de funcionar como uma referência, o seu cálculo é muito importante para avaliar o estágio de sobrepeso (ou baixo peso) do paciente ou qual é a quantidade de calorias indicada para manter, perder ou ganhar peso — no caso de prescrição de dietas.

A fórmula básica é simples: divida seu peso pela sua altura ao quadrado. No exemplo que citamos, a pessoa de 1,70 metro e 75 quilos deve fazer o seguinte cálculo:

  • altura ao quadrado (multiplicada por ela mesma): 1,7 x 1,7 = 2,89;
  • peso (75 quilos) dividido por 2,89 = 25,95.

Segundo as tabelas de referência, o IMC acima de 25 indica sobrepeso. No entanto, conforme explicamos, isso talvez não seja verdade. Pode ser um atleta com maior massa muscular, uma pessoa saudável. Já quando ele está baixo, da mesma forma, pode também não ser um problema, pois é possível que o indivíduo esteja nutricionalmente bem. O que vale é avaliação médica.

Agora que você já entendeu melhor que esse índice é uma referência, e não um diagnóstico, confira as classificações:

  • quem tem IMC menor que 18,5, está abaixo do peso;
  • entre 18,5 e 24,9, o peso é considerado normal;
  • entre 25 e 29,9, existe um possível sobrepeso;
  • entre 30 e 34,9, trata-se de obesidade grau 1;
  • entre 35 e 39,9, obesidade grau 2;
  • acima de 40, obesidade grau 3, também chamada de obesidade mórbida, justamente pelo alto risco de comorbidades.

Saiba o que o valor encontrado quer dizer

Após fazer o cálculo, você pode achar que precisa ganhar ou perder peso, de acordo com o resultado, certo? Mas, como explicamos, isso depende de outras análises que somente um profissional de saúde está apto a fazer.

Contudo, o seu espelho é um indicador. Se o seu índice é de sobrepeso ou algum grau de obesidade e você está longe de ser um praticante de exercícios físicos com grande massa muscular, talvez seja hora de rever a alimentação e começar algum tipo de exercício ou esporte que goste. Sair do sedentarismo é essencial para afastar o risco de doenças.

Entretanto, no caso de IMC baixo, vale a pena fazer também uma análise nutricional. Sabia que mesmo pessoas com esse índice normal ou baixo podem ter gordura corporal? Ou, ao contrário, apesar de serem magras, sua análise nutricional é boa?

Na verdade, além do reflexo no espelho e da avaliação médica, alguns sinais complementam a análise do IMC:

  • se você tem IMC baixo ou normal e apresenta sintomas como queda de cabelos, unhas quebradiças, fadiga, ansiedade e, no caso das mulheres, irregularidades menstruais (ou ausência de menstruação), é importante procurar orientação médica;
  • no IMC normal, o risco de doenças cardiovasculares é menor, mas ainda é importante ter atenção aos sintomas mencionados (fadiga e estresse, por exemplo);
  • pessoas acima do peso podem sofrer com problemas como varizes e má circulação, além de fadiga;
  • na obesidade grau 1, aterosclerose, diabetes, angina e infarto são riscos maiores;
  • na obesidade grau 2, além dos demais problemas, pode surgir a apneia do sono e falta de ar;
  • na obesidade grau 3, os riscos são mais acentuados, podendo resultar em vários problemas, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, dificuldade de locomoção e refluxo.

Agora que você já entendeu o que é IMC, tenha atenção ao valor encontrado. O peso adequado garante maior qualidade de vida e bem-estar. Por isso, se o índice estiver fora do valor de referência, consulte seu médico e comece, desde já, a adotar hábitos alimentares mais saudáveis e a praticar atividades físicas.

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