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Afinal, qual a diferença de gripe e resfriado? Descubra agora!

gripe e resfriado

Tosse, coriza, mal-estar, dor de garganta, febre. Em tempos de pandemia por coronavírus, esses sintomas realmente preocupam, especialmente no caso de pessoas que fazem parte dos grupos de risco. No entanto, tais sinais também podem indicar outras doenças, como gripe e resfriado, que ocorrem com frequência a partir do outono.

Em um contexto de aumento de casos de COVID-19 e das orientações para o isolamento social, outros microrganismos, como os vírus que causam doenças respiratórias mais comuns, continuam circulando. O grande problema é que eles provocam sintomas semelhantes, os quais podem confundir as pessoas e gerar preocupações desnecessárias, sobrecarregando os serviços de atendimento médico.

Mas, afinal, quais são as diferenças entre gripe e resfriado, e como não confundir os seus sintomas com os da COVID-19? Confira em nosso post todos os detalhes!

Quais são as diferenças entre gripe e resfriado?

Para o paciente, a principal diferença é a intensidade dos sintomas. No caso dos resfriados, a febre (se houver) é mais baixa, assim como o mal-estar. Porém, em ambos as situações, é possível ter tosse, dor de garganta, rouquidão, nariz escorrendo ou congestão nasal.

No entanto, os sintomas dos resfriados desaparecem em cerca de dois a quatro dias, enquanto os da gripe permanecem por uma semana ou mais. Além disso, as complicações de um resfriado são otite, bronquite ou sinusite. Já a gripe pode evoluir para pneumonia.

“A gripe não é a mesma coisa que o resfriado comum. As duas doenças são confundidas, pois têm sintomas em comum, como dores no corpo, tosse e fadiga. Mas são enfermidades distintas, causadas por vírus diferentes”, destaca o médico Dr. Fábio Freire José.

O profissional, que é especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica e pela Associação Médica Brasileira, explica que os resfriados são provocados pelo rinovírus, vírus influenza ou vírus sincicial respiratório (VSR). Já a gripe é causada pelo vírus influenza, que pode ser classificado como A, B ou C.

De acordo com o médico, o vírus influenza C provoca infecções respiratórias brandas e não causa grande impacto na saúde das pessoas. As cepas A e B, por sua vez, são responsáveis por epidemias sazonais, como a gripe H1N1, com maior gravidade. 

Como identificar os diferentes sintomas?

Segundo Fábio José, os resfriados são bem mais comuns e quase não geram alteração na temperatura corporal. "Quando ocorre, a febre é baixa. Além disso, há pouca fadiga. O nariz entupido é característica singular”, ressalta.

Já a gripe, conforme o especialista, causa febre mais elevada, dores musculares e fadiga intensa. Mas, habitualmente, não há congestão nasal. Quando a febre perdura por cerca de três dias ou mais, provavelmente é sinal de gripe. Porém, a tosse, com diferentes intensidades, pode aparecer tanto em gripes quanto em resfriados.

Indivíduos alérgicos, portadores de doenças crônicas como rinite, podem desenvolver quadros de tosse persistente, causada por sinusite ou outras infecções decorrentes do resfriado.

“É preciso prestar atenção aos principais sintomas que diferem as duas doenças, como nariz congestionado para resfriado e febre e mialgia para gripe. Vários indicativos podem estar presentes nos dois casos, mas esses são os mais distintivos”, orienta o médico Dr. Fábio José.

Por que os sintomas podem ser confundidos com a COVID-19?

Vários sintomas, tanto da gripe quanto dos resfriados, podem ser confundidos com a COVID-19, ainda mais diante da grande preocupação da população com uma possível contaminação pelo novo coronavírus.

Por isso, em caso de suspeita, é fundamental ter atenção aos sintomas e à sua intensidade, antes de buscar atendimento médico. Afinal, tal ação pode não apenas agravar a sobrecarga de hospitais e postos de saúde, mas também expor pessoas não infectadas ao contágio.

Dito isso, saiba quais são os principais sintomas do coronavírus:

  • febre (em 88% dos casos) e/ou calafrios;
  • dores musculares(15%);
  • tosse, geralmente seca (68%);
  • falta de ar ou dificuldade para respirar (19%);
  • cansaço (38%);
  • dores de cabeça (14%);
  • dor de garganta (5%);
  • diarreia (4%).

De acordo com o médico Dr. Fábio José, há ainda relatos de pacientes que perdem o paladar ou o olfato quando infectados pelo coronavírus. “Essas queixas têm sido relatadas numa proporção de até 30% em alguns países”, afirma.

Ainda segundo o especialista, a principal diferença é que nos casos da COVID-19, ocorre tosse seca, sensação de cansaço e falta de ar em proporção de até 20%. “Essas manifestações podem ser graves, a ponto de levar o paciente ao pronto-socorro”, ressalta.

Como se proteger dessas doenças?

Atualmente, a principal recomendação para se proteger da COVID-19 é a intensificação dos cuidados com a higiene. É fundamental lavar as mãos com frequência (até perto da dobra do cotovelo) e, na impossibilidade disso, higienizá-las com álcool em gel.

Além disso, o isolamento social é um grande aliado para evitar a disseminação não apenas do coronavírus, mas também das demais doenças respiratórias. Assim, na necessidade de sair de casa, seja para comprar itens básicos, seja em função de compromissos que não possam ser adiados, os cuidados devem ser redobrados.

Vale atentar para a higiene das mãos, que devem ser lavadas por 20 segundos, com sabão e água, ou limpas com álcool 70%. Além disso, é importante ter atenção às roupas, às bolsas, aos aparelhos celulares e aos demais objetos com os quais sair. Outros cuidados essenciais, conforme orientação do médico Dr. Fábio José, são:

  • cubra o nariz e a boca com um lenço descartável ou com cotovelo flexionado ao tossir ou espirrar;
  • evite contato próximo (um metro ou três pés) com pessoas que não estão bem;
  • fique em casa e se auto-isole dos outros em sua residência, caso se sinta mal;
  • evite tocar no nariz, na boca ou nos olhos, especialmente caso as mãos não estejam limpas;
  • quando for ao banheiro, dê descarga com a tampa fechada e evite, se possível, usar banheiros públicos;
  • tenha cuidado ao tocar em superfícies de uso comum, como maçanetas e botões de elevador, por exemplo, mas caso tenha este tipo de contato, higienize bem as mãos depois.

Esses cuidados evitam não apenas a contaminação pelo novo coronavírus, mas também reduzem as chances de contrair outras doenças, como gripe e resfriado. Caso você ou alguém de sua família tenha sintomas de doenças respiratórias, adote medidas extras de higiene e isolamento e, se possível, só procure os serviços de emergência em casos realmente graves.

Muitas vezes, estamos apenas com um resfriado, mas ao buscarmos um serviço de saúde, acabamos nos expondo a novas infecções. Por isso, é importante ter atenção aos principais sintomas dos quadros de gripe e resfriado para saber como lidar com eles da melhor forma.

Esclareceu suas dúvidas sobre o assunto? Aproveite a visita ao blog e saiba, agora, quais são as causas e os sinais da congestão nasal para ficar alerta!

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