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Doenças do coração: entenda como elas podem ser fatais

Doenças do coração

As doenças do coração estão entre as principais causas de mortes no Brasil e no mundo. Segundo dados oficiais do cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, somente em 2019, elas foram responsáveis por mais de 360.000 casos fatais.

Embora as doenças cardiovasculares sejam mais comuns em pessoas idosas, com predisposição genética e com histórico familiar, os jovens e adultos saudáveis também podem ser atingidos por tais tipos de problemas cardíacos.

Diante desse fato, a informação e a prevenção continuam sendo a melhor maneira de se manter saudável e saber como identificar os sintomas o quanto antes. Assim, você terá tempo hábil para buscar ajuda médica, cuidado que evita o agravamento do quadro clínico.

Que tal se informar melhor sobre esse assunto? Neste artigo, vamos comentar sobre as principais doenças do coração que mais afetam a população de uma forma geral. Você vai entender quais são os sintomas, os tratamentos e a prevenção. Continue lendo o texto para saber mais!

As doenças do coração

A doença do coração, o doença ou cardíaca, é um termo genérico usado para designar diversos tipos de condições médicas crônicas ou agudas que atingem uma ou mais partes do coração.

Assim, as doenças cardiovasculares são consideradas um grupo de doenças que acometem o coração e os vasos sanguíneos. Elas também incluem as seguintes condições:

  • doença coronariana: atinge os vasos sanguíneos, que são estruturas cuja função é irrigar o músculo cardíaco com sangue;
  • doença cerebrovascular: é uma doença que atinge os vasos sanguíneos que irrigam a região do cérebro;
  • doença arterial periférica: atinge os vasos sanguíneos responsáveis por irrigar os membros superiores e inferiores do corpo;
  • doença cardíaca reumática: a febre reumática é uma condição que causa estragos no músculo do coração e desgaste nas válvulas cardíacas;
  • cardiopatia congênita: consiste em malformações crônicas no coração desde a fase do feto, e que persistem na vida adulta;
  • trombose venosa profunda e embolia pulmonar: a passagem dos coágulos sanguíneos das veias para as pernas pode se desestabilizar, de modo que eles acabem indo parar no coração e nos pulmões.

Para entender melhor o tema, é importante saber como funciona o sistema cardiovascular. Você vai aprender isso agora de uma maneira resumida.

O coração fica localizado no mediastino, que é uma cavidade situada entre os dois pulmões. O órgão é responsável por fazer o bombeamento contínuo do sangue que percorre todo o corpo, por meio de um emaranhado de artérias e veias. Todo esse complexo é conhecido como sistema cardiovascular.

As artérias coronárias fazem parte de todo o corpo e correm por toda a superfície do coração, trazendo o sangue cheio de oxigênio para as células desse importante músculo cardíaco. No mesmo sentido, o tecido nervoso (pericárdio) também faz parte desse sistema e transmite sinais neurológicos complexos que acabam por efetuar a contração e o relaxamento do músculo.

O coração é dividido em 4 câmaras principais:

  • átrio direito: local que recebe o sangue oriundo das veias e joga esse fluxo para o ventrículo direito;
  • ventrículo direito: recebe o sangue advindo do átrio direito e faz o bombeamento para os pulmões. Estes, por sua vez, são responsáveis por oxigenar o sangue;
  • átrio esquerdo: acolhe o sangue oxigenado que veio dos pulmões e faz o bombeamento para o ventrículo esquerdo;
  • ventrículo esquerdo: tem a função de bombear o sangue que foi oxigenado para todas as partes do corpo. Além disso, é interessante mencionar que as contrações realizadas pelos músculos da cavidade do ventrículo esquerdo são as responsáveis por criar a famosa pressão arterial.

Principais doenças do coração

Várias enfermidades fazem parte do grupo das doenças cardiovasculares. Nesse sentido, os ataques do coração dos demais tipos de acidentes vasculares cerebrais costumam ser episódios agudos, cuja causa se dá por uma espécie de impedimento ou barreira nas estruturas das artérias ou veias, que acabam por bloquear o fluxo natural do sangue para o coração ou para o cérebro.

O motivo mais frequente para essa situação é acúmulo excessivo de gordura nas paredes internas dos vasos sanguíneos, que são responsáveis por irrigar o sangue que percorre o coração e o cérebro. Além disso, eles também podem ser provocados por algum tipo de hemorragia em vasos sanguíneos ou mediante a formação de coágulos de sangue.

De qualquer forma, a maioria das causas de ataques cardíacos e AVCs costuma ser desencadeada por um estilo de vida pouco saudável e por hábitos prejudiciais, como o tabagismo, dietas ricas em gordura, obesidade, sedentarismo, álcool em excesso, hipertensão, diabetes, entre outros.

Veja, a seguir, as principais doenças do coração que são as responsáveis pela maioria das mortes cardiovasculares no mundo.

Infarto agudo do miocárdio

Essa é a principal causa isolada de mortes por doenças do coração. Trata-se do ataque cardíaco propriamente dito. Ele ocorre pela falta de sangue e oxigênio no músculo cardíaco, provocada pelo entupimento da artéria coronária, levando a um quadro de dor no peito, falta de ar, dores agudas na região do peito, muito suor e mal-estar generalizado.

O risco de morte aumenta em 10% a cada minuto, sendo muito importante a busca imediata de ajuda médica.

Acidente vascular cerebral

As placas de gordura depositadas nos vasos sanguíneos cerebrais podem causar o entupimento de um vaso, provocando tontura, dor de cabeça e paralisia de um braço, de uma perna e da face.

Em alguns casos, dependendo do tamanho da lesão, pode comprometer também os processos neurológicos e a fala. O socorro imediato ajuda a reduzir as chances de sequelas e óbito.

Insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca é uma alteração no coração que diminui sua capacidade de bombear sangue para atender às necessidades do corpo, causando uma redução do fluxo sanguíneo, bem como o acúmulo de sangue nas veias, nos pulmões e nas pernas.

Ela pode acometer todo o músculo do coração ou se manifestar em somente um dos lados. Na maioria das vezes, a insuficiência cardíaca é uma condição que se desenvolve ao longo dos anos de vida do indivíduo.

Essa doença é dividida em dois tipos:

  • insuficiência cardíaca sistólica: ela acontece quando o músculo cardíaco não tem a capacidade de bombear ou ejetar o sangue para fora do coração;
  • insuficiência cardíaca diastólica: ocorre quando o músculo cardíaco se torna duro e não consegue receber o sangue.

Hipertensão arterial

A pressão sanguínea é a força exercida pelo sangue bombeado pelo coração contra as paredes das artérias. Para o bom funcionamento do coração e do organismo em geral, é necessário que ela seja forte o suficiente para atingir a circulação das pernas e dos pés. Entretanto, quando a pressão é muito forte, pode lesionar os vasos sanguíneos.

A hipertensão arterial é o principal fator de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, sendo conhecida como um ‘inimigo silencioso’, por destruir o organismo sem provocar sintomas aparentes.

Angina

A angina não é considerada, de fato, uma doença do coração. Na verdade, ela é mais um sintoma de que o sistema cardiovascular não está indo tão bem quanto deveria. Essa condição é também conhecida como angina pectoris.

A angina consiste na interrupção, por alguns segundos, do fluxo de sangue para o coração. Assim, esse músculo deixa de receber o oxigênio e os nutrientes necessários para que ele continue mantendo as suas atividades de bombear o sangue.

Ela se manifesta por meio de alto desconforto ou uma dor aguda na região central do peito, além de pressão, queimação e aperto na parte superior do tórax.

Ela deve ser tratada o quanto antes assim que for diagnosticada, uma vez que pode se agravar e se desenvolver para casos mais graves — a dor poderá se alastrar para outras partes do corpo, como braços, costas, mãos, pés e pescoço.

Aneurisma da aorta abdominal

O aneurisma da aorta abdominal consiste em uma dilatação das artérias da aorta que passa pelo abdômen, que, assim, acabam recebendo mais sangue. Com o passar do tempo, elas podem ficar sobrecarregadas, tornando-se mais fracas e causando até mesmo o risco de rompimento e a consequente hemorragia interna.

A principal causa conhecida dessa doença cardiovascular é a debilidade das paredes da aorta do coração ou o bloqueio das artérias, conhecidas como aterosclerose. Além disso, esse tipo de aneurisma normalmente não manifesta sintomas. Ele é apenas diagnosticado em exames rotineiros de imagem, como o raio-X.

Arritmia

A arritmia é uma deficiência no ritmo do batimento cardíaco, que pode se dar de um modo muito rápido (taquicardia), muito devagar (bradicardia) ou irregular. Na maioria das vezes, essa doença é provocada por problemas no sistema elétrico responsável por conduzir os impulsos para o coração.

Nesse sentido, as principais razões para o surgimento da arritmia são o próprio ataque cardíaco, cardiomiopatia, bloqueio nas artérias, pressão alta, diabetes, hipertireoidismo, tabagismo, obesidade, sedentarismo, ansiedade e estresse.

Doença cardíaca congênita

É também conhecida como cardiopatia congênita. Ela consiste em uma alteração estrutural no coração que surge na gestação, durante o processo de formação do feto, e se estende por toda a vida.

Doença vascular periférica

A doença vascular periférica é uma enfermidade que é provocada por meio do acúmulo gradual e generalizado de gordura nas artérias periféricas que estão localizadas em regiões estratégicas, como os braços e as pernas.

Esse fato vai causando o bloqueio e a diminuição progressiva do fluxo sanguíneo, ocasionando sintomas como dores e dormência nos membros superiores e inferiores, e queda na temperatura do corpo.

Endocardite

A endocardite é uma infecção valvular que ocorre na parte do endocárdio, uma estrutura que compõe o revestimento interno do coração. Essa doença costuma ser surgir em função da presença indevida de bactérias (dos tipos stafilococos aureus, enterococos ou estreptococos viridans), oriundas de outras regiões do corpo, que percorrem a corrente sanguínea e se alastram nas paredes do coração.

É uma doença grave e que precisa ser tratada o quanto antes. Os maiores sintomas da endocardite são: fadiga, febre, cansaço, calafrios, dores intensas nos músculos e nas articulações, respiração curta e difícil, palidez e tosse seca e contínua.

Miocardite

A miocardite é caracterizada como uma inflamação constante do miocárdio, um dos principais músculos que formam o coração. Essa doença tem várias causas, como infecções por vírus, bactérias e fungos, o uso contínuo de certos medicamentos que estimulam a inflamação, o aparecimento de doenças autoimunes, fumo excessivo e o consumo exagerado de álcool ou de substâncias entorpecentes.

Essa doença costuma ser silenciosa, uma vez que, na maioria das vezes, não apresenta sintomas, ou eles são bem leves. No entanto, provoca consequências graves para o corpo, como a diminuição da capacidade do coração de bombear sangue e também eventos de arritmias cardíacas.

Tumores no coração

O tumor consiste em qualquer tipo de crescimento celular que foge da normalidade. Ele pode ser caracterizado como benigno ou maligno, sendo este último conhecido como câncer.

O tumor é considerado como primário ou primitivo quando a sua origem se dá no próprio coração. Cerca de 75% desse tipo de tumor é considerado benigno.

Por sua vez, os mais comuns são aqueles tidos como secundários, que são oriundos da metástase de tumores malignos em diversas partes do corpo e que acabam se dirigindo para o coração. Desse modo, podemos afirmar que todos os tumores secundários são considerados malignos.

Os tumores no coração não apresentam sintomas claros e muito aparentes, geralmente envolvendo apenas a insuficiência cardíaca súbita e queda na pressão. Contudo, eles podem se desenvolver rapidamente e provocar o aparecimento de outros problemas cardíacos que podem ser fatais e levar o paciente ao óbito.

Sintomas das doenças do coração

Você conhece os sintomas dos temidos ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais?

A maior parte das doenças do coração não surgem de forma repentina. Elas se desenvolvem ao longo do tempo, e muitas vezes, sem apresentar sintomas importantes aparentes. Em geral, as doenças são percebidas em exames de rotina, como o eletrocardiograma (ECG) ou o teste de esforço.

Quando os sintomas são identificados, isso normalmente é um indicativo de que a doença já se agravou, sendo necessário tratá-la com urgência. Alguns dos principais sintomas dos ataques cardíacos são:

  • cansaço excessivo sem motivo;
  • cor azulada nas pontas dos dedos;
  • dores no peito;
  • enjoo e vômitos;
  • perda de apetite, que está ligada ao inchaço abdominal decorrente da retenção de líquidos;
  • falta de ar ao repousar ou se esforçar;
  • inchaço nas pernas;
  • palpitações ou taquicardia;
  • suor frio repentino: sinal de infarto, hipotensão, hipertensão ou arritmia;
  • tonturas ou desmaios;
  • tosse seca e persistente causada pelo acúmulo de líquido no pulmão;
  • fraqueza e fadiga, indicando a insuficiência cardíaca;
  • dor ou desconforto na região central do peito;
  • dor ou desconforto nos braços, no ombro esquerdo, nos cotovelos e nas costas;
  • sensação de desmaio ou tontura;
  • calafrios e palidez causados pela pressão baixa;
  • ansiedade e medo momentos antes de o ataque acontecer;
  • desconforto no peito: sintoma clássico de um ataque cardíaco;
  • pulso rápido e irregular;
  • inchaço principalmente nas pernas e nos pés, decorrente da retenção de líquidos.

Por sua vez, o acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como AVC, consiste em fragilidade e fraqueza nos músculos da face e também nos membros superiores e inferiores. Essa doença costuma atingir com mais intensidade um dos lados do corpo. Os principais sintomas são:

  • dormência na face, nos braços e nas pernas;
  • confusão na mente;
  • problemas para falar e entender o que está sendo dito;
  • problemas para enxergar;
  • dificuldade para andar;
  • tontura e vertigem;
  • perda do equilíbrio;
  • falta de coordenação motora;
  • dores de cabeça agudas;
  • desmaio e perda da consciência.

Fatores de risco das doenças do coração

Existem diversas causas para o surgimento de doenças no coração e que favorecem o aparecimento de problemas, como o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). A maioria desses sinais pode ser devidamente evitada por meio da adoção de um estilo de vida mais saudável.

De fato, os fatores de risco das doenças do coração envolvem padrões comportamentais e hábitos de vida pouco saudáveis. Nesse sentido, surgem a pressão arterial elevada, a glicemia alta, a hiperlipidemia, o sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade.

Entenda quais são os fatores de risco que potencializam o surgimento das doenças cardiovasculares:

  • tensão arterial alta;
  • fatores hereditários;
  • altos níveis de colesterol no sangue;
  • tabagismo;
  • diabetes;
  • ingestão de álcool;
  • sedentarismo;
  • excesso de peso e obesidade;
  • consumo de sal em excesso;
  • estresse e preocupações excessivas.

Principais causas de doenças no coração

Confira, a seguir, os principais motivos que acarretam o aparecimento de doenças cardiovasculares.

Colesterol elevado

O nível de colesterol além dos limites indicados é um fato que induz o aparecimento de doenças do coração. Isso porque a gordura presente em artérias e veias vai se acumulando nas paredes dos vasos e pode entupir o fluxo normal do sangue, obstruindo essa passagem.

Tal quadro se dá devido à alimentação incorreta, pobre em nutrientes e rica em gorduras nocivas para o organismo. Desse modo, o recomendado é diminuir a ingestão de alimentos industrializados e gordurosos, pois as chances de ser acometido por um AVC ou um infarto do miocárdio, por exemplo, são bastante altas.

O ideal é consumir azeites naturais durante o preparo da comida, evitar frituras e substituir a manteiga tradicional por margarina, que contém menos gorduras trans.

Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica é uma das principais causas de doenças no coração em todo o mundo. Ela também está diretamente ligada ao surgimento de casos de AVC.

A hipertensão é caracterizada nos casos em que a pressão arterial sistólica, em períodos de contração, é igual ou superior a 140 mmHg (milímetros de mercúrio), enquanto que a pressão arterial diastólica é igual ou superior a 90 mmHg. Isso significa que, se a pressão for auferida e se mostrar em níveis acima de 14 por 9, o indivíduo apresenta a pressão alta.

O recomendado é medir a pressão arterial com frequência, além de marcar avaliações regulares com o cardiologista. É possível combater a hipertensão de algumas maneiras:

  • consumir mais fibras;
  • reduzir a ingestão de sal;
  • evitar o fumo;
  • praticar exercícios físicos com regularidade;
  • evitar o sedentarismo.

Tabagismo

O cigarro é, sem dúvidas, um dos hábitos mais nocivos para o organismo. Ele contém centenas de substâncias consideradas prejudiciais para o corpo. No caso do coração, a nicotina é um elemento responsável por acelerar o ritmo cardíaco e aumentar a pressão arterial, além de elevar os níveis de colesterol no sangue.

De fato, fumar aumenta e muito os riscos de sofrer um infarto do miocárdio. Além disso, as pessoas que convivem com o fumante também estão suscetíveis aos riscos de surgimento de doenças do coração.

Diabetes

O diabetes pode acarretar doenças como infarto, AVC e angina. Diante desse fato, o ideal a se fazer é tentar manter a taxa de glicose em níveis aceitáveis. Por isso, evite consumir doces em excesso e demais alimentos que se transformam em açúcar e ficam na corrente sanguínea.

Obesidade

A obesidade é uma condição muito perigosa e que serve de fator de risco para muitas enfermidades, não somente para as doenças do coração. Além disso, ela vem acompanhada de sedentarismo e uma dieta ruim e pobre em nutrientes.

Nesse sentido, o recomendado é mudar radicalmente o estilo de vida, a fim de reduzir o peso e evitar o entupimento de veias e artérias. O ideal, nesse caso, é procurar um médico que poderá prescrever uma dieta mais adequada, diagnosticar o quadro clínico, avaliar os riscos e até mesmo indicar a necessidade de realização de cirurgia.

Sedentarismo

A falta de atividade física pode ser tão prejudicial quanto a obesidade. O corpo precisa de esforços contínuos a fim de manter suas funções orgânicas, ocasionando várias doenças, como pressão alta, obesidade e colesterol alto, entre outras.

Por isso, o melhor a se fazer é praticar atividades físicas por cerca de 30 minutos, pelo menos 3 vezes na semana. Desse modo, você notará mudanças rapidamente e se sentirá mais bem disposto e motivado durante o dia.

As formas de prevenção das doenças do coração

A versão atualizada da cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) traz como principal mensagem a manutenção de um estilo de vida saudável como fator decisivo para evitar o aumento dos casos de doenças cardíacas.

Veja, a seguir, os principais cuidados recomendados para a prevenção de doenças do coração.

Tenha um estilo de vida com hábitos saudáveis

O estilo de vida é determinante para a saúde do coração. Por isso, é importante ter atitudes e hábitos que fazem parte de uma rotina saudável, como:

  • manter o peso ideal;
  • buscar uma alimentação saudável, com frutas, verduras e legumes;
  • praticar atividades físicas;
  • fazer exercícios de relaxamento;
  • evitar o tabagismo.

É importante observar como pequenos cuidados podem fazer uma grande diferença na prevenção de doenças cardíacas e na melhoria geral da saúde. De acordo com a SBC, os seguintes aspectos podem resultar em benefícios:

  • controle do colesterol — reduz o risco de derrames em 20%, o de morte em 25% e o de infarto em 33%;
  • controle da pressão arterial — reduz o risco de infarto em 15% e o de derrame em 42%;
  • parar de fumar — reduz o risco de infarto em 50% e o de morte em 70%;
  • perda de peso e exercícios físicos — reduz o risco de desenvolver diabetes em 25%.

Desenvolva espiritualidade

O documento da SBC também comenta sobre a espiritualidade como um dos fatores de proteção para o músculo cardíaco. De acordo com estudos, as pessoas que apresentam algum tipo de fé vivem melhor e são mais fortes para enfrentar e resolver os problemas da vida.

Observe a frequência das vacinações

De acordo com a Diretriz de Prevenção, algumas vacinas, especialmente a da gripe, ajudam a diminuir o risco de infarto em cardiopatas e idosos. Outro importante imunizante citado é o que age contra a bactéria pneumococo, responsável pela pneumonia, entre outros problemas para os portadores de doenças do coração.

Entretanto, a vacina da febre amarela deve ser utilizada com cuidado entre os idosos que apresentam algum problema cardíaco, já que ela é feita com o vírus vivo enfraquecido, podendo oferecer riscos às pessoas com idade avançada.

Mantenha o acompanhamento médico

O acompanhamento médico é fundamental para quem apresenta os sintomas de alguma doença do coração, a fim de evitar sua piora. Mesmo para as pessoas sem sintomas, é importante consultar periodicamente um cardiologista e fazer exames de rotina.

Utilize um monitor de pressão arterial

É importante utilizar um monitor de pressão arterial para acompanhamento diário, evitando a piora em casos de hipertensão, já que ela pode se alterar ao longo do dia. Algumas pessoas apresentam uma pressão normal durante o dia e anormal à noite. Outras sofrem uma elevação da pressão no período da manhã ou da tarde.

A pressão arterial é uma medida da força do fluxo sanguíneo quando ele passa nas artérias e a sua medição é feita por valores de referência em milímetros de mercúrio (mmHg), sendo composta pelas medidas sistólica e diastólica.

A sistólica, que é a maior medida, diz respeito à intensidade do fluxo sanguíneo no momento em que o coração bombeia o sangue. Já a diastólica, que se refere à menor medida, indica o fluxo de sangue entre os batimentos cardíacos, que é o momento em que ele se encontra relaxado e se enchendo de sangue.

Nesse sentido, quando uma pessoa tem pressão sistólica de 120 e diastólica de 80, essa medição é denominada como 120/80 ou “12 por 8”. Ela é considerada normal quando é inferior a 135/85 mmHg — a partir dessa medida, é classificada como hipertensão.

Evite o consumo excessivo de sal

A ingestão de sal em quantidades elevadas leva ao aumento do sódio na pressão sanguínea. Essa situação desencadeia a retenção de líquidos e o consequente aumento da pressão arterial. Por sua vez, a hipertensão é um dos principais fatores que causam infartos e AVCs.

A recomendação médica é consumir, no máximo, 3 gramas de sal diariamente nas refeições. Se quiser reduzir ainda mais a ingestão dessa substância, opte por alternativas, como temperos naturais — ervas e azeite, por exemplo.

Evite o estresse

O estresse pode levar ao entupimento das artérias do coração e à pressão alta. Isso acontece porque a irritação e a ansiedade são sentimentos que causam a liberação excessiva de cortisol na corrente sanguínea.

Tal hormônio pode aumentar a glicose no sangue e desencadear diabetes e colesterol, criando placas de gorduras nas paredes dos vasos sanguíneos e acelerando o surgimento de inflamações pelo corpo.

Observe o seu histórico familiar

O histórico familiar é um grande fator de risco para as doenças cardiovasculares. Portanto, não deixe de verificar se os membros mais próximos da sua família apresentam alguma condição cardiológica.

Desse modo, você consegue descobrir eventuais quadros genéticos com antecedência e pode se prevenir com mais eficiência. Afinal, muitas vezes, as doenças do coração podem ser silenciosas.

Não fume

O tabagismo é um hábito prejudicial em todos os aspectos. As substâncias contidas no cigarro destroem a superfície e as paredes vasculares, diminuem a quantidade de bom colesterol e aumentam a formação de placas de gordura nas artérias.

Fumar aumenta a frequência cardíaca, causa a contração das artérias e pode acarretar a irregularidade do ritmo do coração. Além disso, fumar cigarro também aumenta os riscos de AVC e hipertensão.

Mantenha a higiene bucal em dia

A falta de higiene bucal propicia o acúmulo de micro-organismos nocivos que levam ao surgimento de cáries e doenças, como a periodontite e a gengivite, além de atingir a área da língua e a mucosa oral.

Esses micro-organismos podem atingir os vasos sanguíneos e percorrer a corrente sanguínea, chegando até o coração, o que pode ser fatal. Portanto, faça a escovação dos dentes sempre após as refeições e não se esqueça de passar o fio dental.

Exames de diagnóstico das doenças cardíacas

É possível se submeter a alguns exames a fim de detectar a possibilidade de riscos e diagnosticar com mais detalhes as doenças cardíacas. Confira os principais:

  • eletrocardiograma;
  • ecocardiograma;
  • teste ergométrico;
  • Holter 24 horas;
  • cateterismo cardíaco;
  • monitor cardíaco.

Tratamentos para as doenças do coração

É importante que você saiba que existem vários tratamentos para as doenças cardiovasculares. De qualquer forma, o médico é o profissional que deve ser consultado antes de qualquer coisa.

Afinal, o melhor tratamento para as doenças cardíacas vai depender do tipo de enfermidade e da gravidade do problema. Em geral, os cardiologistas indicam medicamentos específicos e o acompanhamento periódico. Também é possível se submeter a alternativas naturais.

Para os casos mais graves, em que há grande comprometimento no funcionamento do órgão, pode ser indicada uma cirurgia ou até mesmo um transplante. Além disso, é primordial ter um cuidado com a rotina diária e manter hábitos saudáveis.

Como você pôde perceber, as doenças do coração podem se manifestar mediante muitos sintomas. Nesse sentido, quanto maior a quantidade de sinais que o corpo emitir, maiores serão as chances de a pessoa desenvolver um quadro de insuficiência cardíaca, ou mesmo ataque cardíaco, que pode evoluir para a morte, caso ela não seja imediatamente socorrida.

Diante dessa situação tão comum, o ideal é manter a saúde em dia e marcar consultas periódicas com o médico cardiologista. Esse profissional vai prescrever exames de rotina e poderá fazer uma avaliação mais detalhada sobre o estado de saúde do seu coração. Ou seja, tenha um estilo de vida saudável, realize consultas e exames com um especialista e faça um controle diário com um monitor de pressão arterial.

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