A artrite é uma doença que acomete as articulações (juntas dos ossos) e causa rigidez e muita dor, podendo levar a deformações ósseas irreversíveis. No Brasil, segundo dados divulgados pela imprensa, estima-se que 2 milhões de pessoas sejam afetadas por essa doença.
Há diversos tipos de artrite que provocam dores articulares, inchaços e limitação de movimentos. Nos casos crônicos, a falta de tratamento adequado para a artrite pode levar a deformações. Por isso, é fundamental obter informações sobre a doença e buscar ajuda aos primeiros sinais notados.
Neste artigo, vamos explicar o que é artrite, bem como suas causas, sintomas, formas de aliviar a dor e tratamentos mais indicados. Continue a leitura para saber mais!
O que é artrite?
A artrite é uma doença autoimune que ataca o próprio organismo, provocando dores nas juntas, rigidez e inchaço que, em muitos casos, podem limitar os movimentos.
Essa doença costuma afetar, principalmente, os dedos, joelhos e tornozelos, podendo levar a degenerações, inclusive dos ossos. Dessa forma, há um forte comprometimento da qualidade de vida das pessoas acometidas pela artrite, devido à dificuldade para realizar tarefas simples, como pentear os cabelos ou escovar os dentes.
Quais são os tipos de artrite que podem acometer o organismo?
Há vários tipos de artrite e eles se diferenciam pela forma como se manifestam, região do corpo e tempo de duração da doença. Veja, a seguir, as principais características de cada um.
Osteoartrose
Também conhecida como osteoartrite degenerativa, a osteoartrose é uma doença crônica, que se caracteriza pela degeneração da cartilagem articular (tecido conjuntivo que funciona como um amortecedor na junção dos ossos), hipertrofia óssea e dor ao movimentar-se.
Em geral, acomete principalmente as articulações coxofemorais (coxa e fêmur), joelhos e a coluna vertebral.
Artrite reumatoide
Trata-se de uma doença autoimune, com prevalência em mulheres de 30 a 50 anos. Ela ocorre quando o organismo cria anticorpos e ataca as células do próprio corpo. Nesse caso, as articulações mais comprometidas são as das extremidades (mãos e pés), além do punho, do tornozelo e do joelho.
Mas, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, esse tipo de artrite não se restringe às juntas. A doença pode atingir o organismo de maneira sistêmica, comprometendo a saúde dos olhos, unhas, coração, sistema nervoso, pulmões, sangue, entre outras partes do corpo.
Além disso, o nível de inflamação provocado pela doença aumenta o risco de entupimento nas artérias e pode levar a casos de infartos e AVCs.
Gota
A gota é também identificada como artrite gotosa. Embora seja comum afetar o hálux (dedão do pé), ela pode se desenvolver em qualquer tipo de articulação. Em exames laboratoriais, o ácido úrico se apresenta elevado no sangue na maioria dos casos.
Espondilite anquilosante
É um tipo de artrite crônica (de longa duração), que afeta músculos, ossos e ligamentos da coluna.
Artrite psoriática
Esse tipo de artrite pode se desenvolver em alguns casos, quando há presença de psoríase, doença de pele que causa coceira, descamações e lesões. Em geral, as articulações mais acometidas são semelhantes às envolvidas na artrite reumatoide.
Quais são os sintomas da artrite?
Os sintomas da artrite podem variar conforme o tipo da doença. Em geral, eles são identificados quando ocorre a combinação de alguns sinais, como:
- calor e vermelhidão da pele ao redor da articulação;
- dificuldade de movimentar dedos ou membros;
- dor nas juntas;
- inflamação e edema (inchaço) nas articulações;
- redução do apetite e perda de peso;
- rigidez articular matinal (durando por no mínimo, 1 hora).
Quais as principais causas da doença?
Há diversos fatores envolvidos nas causas da artrite. Normalmente, eles estão relacionados a fatores genéticos, estilo de vida, entre outros, como:
- desequilíbrios hormonais;
- excesso de peso;
- predisposição genética;
- sedentarismo;
- sexo feminino (maior ocorrência);
- tabagismo.
É possível prevenir a artrite?
De acordo com especialistas, o controle de aspectos modificáveis, como hábitos e estilo de vida, podem prevenir o surgimento da artrite. Isso envolve combater o sedentarismo, adotar uma alimentação saudável, e até suplementá-la com vitaminas.
Nesse sentido, segundo estudos da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, publicados em 2018 pelo Journal of Autoimmunity, a vitamina D pode ajudar a prevenir a doença e, em doses maiores, beneficiar as pessoas acometidas pela doença.
A interrupção do tabagismo, bem como a perda de peso em indivíduos obesos, são fatores que podem contribuir diretamente para prevenir e reduzir o desenvolvimento da doença.
Além disso, alguns estudos apontam que a manutenção do equilíbrio da microbiota intestinal (flora intestinal), melhoria nos cuidados de higiene oral, incluindo tratamento de doença periodontal, podem ajudar na prevenção da artrite.
Como amenizar as dores?
Embora existam alguns medicamentos para o alívio da dor, os especialistas somente os indicam como último recurso, pois muitas dessas medicações podem causar dependência e efeitos colaterais.
Nesse sentido, a utilização do TENS (Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) é uma terapia alternativa, que proporciona excelentes resultados e ajuda a controlar a dor da artrite sem a necessidade de medicamentos. Para os casos mais graves, ela permite a redução da quantidade de medicações.
Esse tipo de terapia é aplicado há mais de 40 anos por profissionais, como médicos quiropráticos e fisioterapeutas. Trata-se de um sistema fácil de ser utilizado para tratar dores musculares e articulares, em diferentes partes do corpo. Além disso, os aparelhos portáteis possibilitam a autoaplicação da terapia, em domicílio.
Funcionamento do TENS
O TENS funciona com pequenos impulsos elétricos enviados por meio de eletrodos fixados na pele com almofadas adesivas. O efeito analgésico da eletroterapia é obtido com estimulações elétricas suaves que bloqueiam as mensagens de dor para o cérebro. Os principais benefícios são:
- aumenta a circulação sanguínea nas regiões aplicadas;
- auxilia na recuperação muscular;
- controla a dor de maneira natural;
- estimula a produção de endorfina (hormônio ligado à sensação de prazer e felicidade);
- não provoca dependência;
- potencializa o desempenho muscular;
- promove o relaxamento muscular;
- reduz edemas e inchaços;
- não provoca efeitos colaterais;
- tem um tratamento não invasivo.
De que maneira é possível tratar a artrite?
Além de medicamentos indicados por um reumatologista, para melhores resultados no tratamento da artrite, também é importante complementar com exercícios físicos, fisioterapia e compressas.
Exercícios físicos
A importância do exercício físico para as pessoas acometidas por artrite é indiscutível, pois os movimentos envolvidos contribuem diretamente para uma melhor qualidade de vida, já que aumenta a mobilidade, reduz a inflamação e ajuda a diminuir a dor.
Dessa forma os programas de exercícios podem incluir:
- atividades que envolvem amplitude de movimentos para melhorar a flexibilidade;
- exercícios aeróbicos de baixo impacto;
- treinos de resistência para o tônus muscular.
Fisioterapia
A fisioterapia ajuda no alívio das dores, podendo ser recomendada como complemento ao tratamento da doença. Ela pode incluir:
- compressas frias ou quentes;
- órteses ou talas para dar suporte às articulações e ajudar na melhora das posições do corpo;
- hidroterapia;
- massagem;
- eletroestimulação (TENS);
- exercícios de reabilitação.
Como vimos, a artrite é uma condição que afeta as articulações, causa dor, inchaço e rigidez, podendo provocar deformações ósseas, bem como doenças cardiovasculares. Por isso é importante buscar ajuda médica aos primeiros sinais, pois quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, mais rápido o tratamento adequado será indicado, possibilitando a melhoria da qualidade de vida.
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