Os tratamentos para bronquite variam de acordo com o seu tipo e gravidade. Nesse sentido, a doença pode se apresentar como uma condição aguda, que normalmente ocorre em casos de gripe ou outras alterações respiratórias. Mas também pode ser um problema crônico, provocando crises duradouras e de repetição.
A bronquite é uma inflamação dos brônquios que provoca sintomas característicos, como tosse e falta de ar. Quando não tratada, pode se agravar e levar a complicações respiratórias que interferem na qualidade de vida da pessoa. Por isso, é fundamental buscar um tratamento adequado e adotar medidas de prevenção.
Neste artigo, vamos comentar sobre os tipos de bronquite e os principais tratamentos adotados de acordo com a gravidade da doença. Continue a leitura para saber mais!
Os tipos de bronquite
A bronquite aguda é assim identificada por se tratar de um processo inflamatório pontual e passageiro dos brônquios, normalmente acompanhado de uma infecção viral ou bacteriana. Ela também é conhecida como resfriado torácico e costuma melhorar no período 7 a 10 dias, embora a tosse possa persistir por algumas semanas.
Já a bronquite crônica, como o próprio nome define, é um processo inflamatório crônico dos brônquios, normalmente associado a um efeito secundário pelo uso do tabaco ou processo alérgico. Essa condição pode durar por meses ou anos.
Além desses tipos de bronquite, há também os casos de bronquite alérgica, que se associa diretamente a alergias respiratórias, e normalmente é identificada na infância. Nesses casos, o uso de vacinas é importante para controlar as reações a alérgenos.
É importante observar que o termo popular "bronquite asmática" é incorreto. Na verdade, é uma confusão que as pessoas fazem entre a asma e a bronquite, pelo fato de apresentarem semelhanças nos sintomas.
As causas da bronquite
Normalmente, a bronquite aguda é causada por vírus e costuma estar associada a outro tipo de infecção viral respiratória, como resfriados e gripes. A doença se inicia pelo nariz, afetando a garganta e se dirigindo aos pulmões.
Já a bronquite crônica é classificada como um tipo de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), por obstruir os pulmões, interferindo no processo de respiração normal. A sua principal causa é o tabagismo, bem como a inalação de poluentes tóxicos no meio ambiente natural ou do trabalho.
Diagnóstico
O diagnóstico da bronquite pode ser feito de acordo com os sintomas que o paciente apresenta, assim como pela auscultação pulmonar. Em geral, os exames solicitados são os de Raio-X, escarro e espirometria, para avaliar a extensão da bronquite.
Os principais tipos de tratamentos
Nos casos de infecção bacteriana, o tratamento da bronquite aguda pode ser realizado com o uso de medicamentos como antibióticos e, para as infecções viróticas, os broncodilatadores. Também podem ser recomendadas inalações com soro fisiológico, hidratação das vias aéreas e alguns remédios complementares para o tratamento de sintomas, como febre e coriza.
O tratamento da bronquite crônica exige atenção permanente que engloba diferentes técnicas utilizadas para alívio dos sintomas, controle e prevenção de crises, a fim de evitar o avanço da doença. Para isso, pode ser indicado o uso regular de broncodilatadores ou anticolinérgicos.
Além desses tratamentos, há outros métodos utilizados para o controle e prevenção da doença, conforme comentamos, a seguir.
Fisioterapia respiratória
Para alguns casos mais graves é necessária a inalação com corticoide e a prática de atividade física orientada por um fisioterapeuta, como programa essencial para melhorar a falta de ar e a fadiga. Também podem ser indicadas sessões de reabilitação pulmonar para DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e de oxigenoterapia.
A fisioterapia respiratória é muito utilizada para o tratamento e prevenção de doenças respiratórias. As técnicas empregadas proporcionam diversos benefícios para os pacientes que apresentam bronquite, como:
ampliação da capacidade respiratória;
estimulação da expectoração;
fortalecimento da musculatura do tórax;
higienização do trato respiratório.
Os exercícios fisioterapêuticos ajudam o paciente a se conscientizar sobre o mecanismo da respiração e músculos utilizados nesse processo, para que ele consiga aproveitar ao máximo a sua capacidade pulmonar. O fisioterapeuta também utiliza aparelhos adequados que retiram as secreções das vias respiratórias.
Exercícios respiratórios domiciliares
Além da fisioterapia respiratória, a bronquite também pode ser aliviada e controlada por meio de exercícios que podem ser feitos em casa e são eficazes para melhorar a respiração. São movimentos que conscientizam e condicionam o corpo e a mente para acalmar e direcionar a respiração, como:
ioga;
respiração fracionada;
meditação com respiração direcionada;
respiração consciente e ventral.
Uso de nebulizador
Quando comparada ao tratamento medicamentoso oral, a nebulização pode ser um meio muito mais rápido para a absorção de remédios, já que utiliza o vapor, que alcança as vias respiratórias com maior velocidade.
A nebulização gerada por um nebulizador se assemelha a sessões de oxigenoterapia, que também utiliza a inalação de vapores para liberar medicamentos.
Trata-se de um método eficaz para a administração de broncodilatadores, umidificação das vias aéreas e fluidificação das secreções, sendo indicado para problemas nas vias respiratórias, como:
alergias respiratórias;
asma;
bronquites;
doença pulmonar obstrutiva crônica;
inflamações e infecções respiratórias;
fibrose cística;
rouquidão;
rinite;
sinusite.
Benefícios da nebulização
Pessoas de qualquer idade, inclusive gestantes, podem se beneficiar dos efeitos da nebulização, desde que ela seja recomendada por um médico especialista e que as orientações sejam seguidas com rigor. Veja, a seguir quais são eles:
efeitos mais rápidos dos medicamentos — o vapor é direcionado diretamente para os pulmões, agindo rapidamente;
bem-estar — alivia os sintomas alérgicos e elimina a sensação de garganta seca;
facilidade de uso — não necessita de pausas na respiração;
prevenção — previne qualquer tipo de doença respiratória;
redução dos efeitos colaterais — elimina os problemas da ingestão de remédios, como alteração da pressão arterial, taquicardia, dores de estômago, entre outros.
A prevenção da bronquite
Nos casos da bronquite crônica, é importante praticar exercícios respiratórios e evitar situações que podem desencadear uma crise de bronquite, como ambientes com fumaça de cigarro e vapores ou partículas tóxicas que podem estar presentes no ambiente de trabalho ou mesmo em locais públicos.
Como vimos, os tratamentos para bronquite são estabelecidos de acordo com as causas e sintomas. Nesse sentido, é muito importante buscar ajuda de um profissional especializado para evitar complicações e fazer a prevenção com exercícios físicos e utilização de aparelhos que ajudam melhorar a qualidade de vida, como inaladores e nebulizadores.
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